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A discoteca – por Carlos Drummond de Andrade

Um diálogo sobre a venda de uma discoteca é o tema desta crônica. “Com a emoção na voz, como se contasse a amputação de um de um braço, ele me comunicou pelo telefone que vendera a sua discoteca. Discoteca preciosa, especializada: levara 30 anos para formá-la. Todos a admiram e invejam”.

dez 2014 Leia mais →

A.F.L. – por Carlos Drummond de Andrade

Em sua crônica, o escritor homenageia Antônio Francisco Lisboa, o artista conhecido como Aleijadinho. “Começo a acreditar que Antônio Francisco Lisboa não tenha jamais existido. Existiu foi uma angústia em forma de gente, erran­do longo tempo nas estra­das do ouro.”

nov 2014 Leia mais →

Leituras feriadas – Carlos Drummond de Andrade

“Sábado, domingo e se­gunda-feira o Brasil não funcionou, e todos aprova­ram o desligamento da corrente. Quem tem carro se mandou pelas estradas, em demanda de um ponto mais cômodo para não fazer na­da; quem não tem, pegou o trem, que ainda presta ser­viço. E houve os que se dei­xaram ficar em casa, sábios dos sábios, que não se dão ao trabalho de procurar re­pouso fora de si mesmos.”

nov 2014 Leia mais →

Mobilidade – por Carlos Drummond de Andrade

“– Dá licença? O cava­lheiro permite que eu rou­be dois minutos de seu pre­cioso tempo? Quer colabo­rar conosco no censo de mobilidade? Não se molesta se eu lhe fizer umas per­guntinhas ligeiras?”

out 2014 Leia mais →

Alécio & criança – por Carlos Drummond de Andrade

“Olha, descobre este segredo: uma coisa são duas – ela mesma e sua imagem. Repara mais ainda. Uma coisa são inúmeras coisas”, escreveu Drummond para Alécio de Andrade em 1964. O cronista aconselha seus leitores a verem a exposição “Itinerário da infância”, com fotografias de crianças produzidas por Alécio e reproduz algumas palavras que ofereceu ao fotógrafo.

set 2014 Leia mais →

Brasil em dicionário – por Carlos Drummond de Andrade

“De muitos livros me tenho desfeito, porque os julgue fúteis ou deixem de servir-me, porém nunca abri mão de um dicionário, e meu desejo maluco, mas compreensível, seria possuí-los todos numa edição concentrada que, contendo a suma dos tesouros verbais do universo, fosse o Dicionário da Vida.”

set 2014 Leia mais →

Cruzeiro forte – por Carlos Drummond de Andrade

Um projeto que manda extinguir o centavo e outro que que institui o cruzeiro forte são o tema desta crônica de Drummond, publicada em 19 de agosto de 1964, no Correio da Manhã.

ago 2014 Leia mais →

Janela mágica – por Carlos Drummond de Andrade

O autor comenta o livro de crônicas de Cecília Meireles, ainda em preparativos para publicação naquele agosto de 1964. “Nessas páginas, a autora de Mar absoluto oferece uma vista nostálgica da infância a prolongar-se pela vida a fora.”

ago 2014 Leia mais →

O parque – por Carlos Drummond de Andrade

Drummond comenta um filme feito por alunos de colégio estadual que participaram de um curso experimental de cinema: “[…] vendo se sucederem as imagens de O Parque, fui sendo conquistado pelo que via, e o tempo que senti passar foi o tempo emocional e humano da história do filme.”

jul 2014 Leia mais →

Uma cor – por Carlos Drummond de Andrade

O cronista escreve sobre o aparecimento de meias pretas em pernas femininas, em julho de 1964.

jul 2014 Leia mais →

O mainá – por Carlos Drummond de Andrade

O cronista comenta a morte do mainá de Garrincha, pássaro que era grande paixão do jogador, pelas mãos de sujeitos não identificados, pouco depois do golpe militar.

jun 2014 Leia mais →

O beijo dos jovens – por Carlos Drummond de Andrade

“O Dia dos Namorados, o mais prudente é não comemorá-lo este ano, ou nunca mais. Pois um senhor deputado foi à Assembleia Legislativa e apresentou projeto que institui a Polícia de Repressão aos Crimes de Ofensa ao Pudor Público. Entre esses crimes figura o beijo, colocado assim na mesma área nefanda do homicídio, do incêndio culposo, do latrocínio, da moeda falsa e de outras práticas antissociais definidas no Código Penal.”

jun 2014 Leia mais →

Antielegia do centavo – por Carlos Drummond de Andrade

“Não chorarei a morte do centavo, que um deputado propôs e a Comissão de Justiça da Câmara aprovou. Ele teve vida curta e nunca se impôs. Nascido em 1942, e cunhado em moedas de 10, 20 e 50 – espécie de figurativismo abstrato – sua capacidade aquisitiva era tão discreta que, a bem dizer, com ele se compravam apenas aborrecimentos.”

maio 2014 Leia mais →

A lista – por Carlos Drummond de Andrade

“– Como é, o seu nome está na lista?
– Claro, e com muita honra. Na lista dos que lutam por um Brasil melhor.
– Não é essa. A outra.
– Que outra?
– A nova lista de cassação de mandatos e de direitos políticos.”

maio 2014 Leia mais →

Dos bens imponderáveis – por Carlos Drummond de Andrade

“Eis que termina o prazo para declaração de ren­dimentos e bens, e ainda uma vez, de esferográfica no ar, o cronista se interroga, antes de preencher o formulário hieroglífico adquirido na papelaria: que são bens? que são rendimentos?”

abr 2014 Leia mais →

Hora de provar – por Carlos Drummond de Andrade

“É com tristeza misturada a horror que, ao longo da vida, tenho presenciado generais depondo presidentes, por piores que estes fossem. Será que jamais aprenderemos a existir politicamente? Não haverá jeito para o Brasil? “

abr 2014 Leia mais →

Uma loja – por Carlos Drummond de Andrade

“As lojas tradicionais são um pouco propriedade de seus clientes e até dos indivíduos que nunca puseram nelas os pés mas sentiram sua influência na vida urbana. As lojas apenas? Tudo.”

mar 2014 Leia mais →

Veranico – por Carlos Drummond de Andrade

“João Goulart resolveu se transferir para o Museu da República. Altas conveniências táticas, talvez: sendo o mu­seu uma casa de cultura, ali quedará a salvo da maioria de seus cumpinchas e poderá fazer aquilo que todos desejaríamos que ele fizesse, ao menos nos domingos, e que ain­da não teve jeito de começar: presidir.”

mar 2014 Leia mais →

Lotação – por Carlos Drummond de Andrade

Publicada em fevereiro de 64, a crônica de Drummond conta história de um atormentado motorista e os mil cruzeiros que ele perdeu (ou quase perdeu).

fev 2014 Leia mais →

Carta – por Carlos Drummond de Andrade

“Não cresci, em comparação com o senhor. Tenho a idade que o senhor tinha quando me parecia velho — velho feito de baraúna e nervos, mas em todo caso velho. E sinto que não alcançarei nunca sua dimensão. Parou o tempo de crescer; muitos outros tempos pararam, nós mesmos estamos parados um diante do outro.”

fev 2014 Leia mais →