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O último aviso do Pif-paf

Millôr Fernandes e a equipe do Pif-Paf! fazem uma advertência: “Se o governo continuar deixando que algumas pessoas pensem por sua própria cabeça; e, sobretudo, se o governo continuar deixando que circule esta revista, com toda sua irreverência e crítica, dentro em breve estaremos numa democracia”. Esta edição, de 27 de agosto de 1964, foi a oitava e última do Pif-Paf. A revista não resistiu ao regime militar.

dez 2014 Leia mais →

De repente – por Paulo Mendes Campos

O cronista reflete sobre deixar de escrever, em texto publicado na revista Manchete em 19 de dezembro de 1964. “De repente, pela primeira vez com essa intensidade, luminosa e embriagadora, a tentação de deixar para todo o sempre de escrever. Ah, deixar de escrever! Como quem deixa de beber e se inebria de sobriedade.”

dez 2014 Leia mais →

Adão, a maçã e a história

“Marido é um homem solteiro que deu azar”, escreveu Millôr Fernandes no Pif-Paf de 13 de agosto de 1964. Ele também criou uma “compossão infantiu” sobre o primeiro dos maridos, Adão, que arriscou tudo por causa da maçã, esta controvertida personagem histórica. Na mesma edição, Fortuna desenhou mais um garboso militar.

dez 2014 Leia mais →

A discoteca – por Carlos Drummond de Andrade

Um diálogo sobre a venda de uma discoteca é o tema desta crônica. “Com a emoção na voz, como se contasse a amputação de um de um braço, ele me comunicou pelo telefone que vendera a sua discoteca. Discoteca preciosa, especializada: levara 30 anos para formá-la. Todos a admiram e invejam”.

dez 2014 Leia mais →

As eleições americanas (I) – por Rachel de Queiroz

A escritora comenta as eleições de 1964 nos Estados Unidos, quando o presidente Lyndon Johnson foi reeleito. “Nas semanas anteriores à eleição havia muita discussão, suspense e propaganda, é verdade; mas tudo muito longe daquele ambiente de competição histérica, promovida pelos candidatos, que se vê no Brasil.”

dez 2014 Leia mais →

Os sintomas da traição segundo Millôr

Millôr Fernandes, “catedrático de desquites amigáveis”, aponta no Pif-Paf de julho de 1964 os sintomas de que um homem está sendo traído por sua mulher. Tudo pode começar no momento em que ele está mais seguro de si mesmo.

nov 2014 Leia mais →

O armador – por Paulo Mendes Campos

“Na primeira vez que fui a Porto Alegre queria ser soldado. Contava dezoito anos e (o verbo é adolescente) almejava uma vida a grande velocidade entre o céu e a terra, voando na liberdade da minha solidão.”

nov 2014 Leia mais →

A.F.L. – por Carlos Drummond de Andrade

Em sua crônica, o escritor homenageia Antônio Francisco Lisboa, o artista conhecido como Aleijadinho. “Começo a acreditar que Antônio Francisco Lisboa não tenha jamais existido. Existiu foi uma angústia em forma de gente, erran­do longo tempo nas estra­das do ouro.”

nov 2014 Leia mais →

Como ficam os homens sem dona Rosinha?

Na série “Pif-Paf analisa uma piada”, Millôr Fernandes e equipe abrasileiram um cartum americano e mostram o desalento de um escritório após a saída de dona Rosinha, a única mulher que ali trabalhava. Mas, afinal, quem era dona Rosinha? Este é o grande mistério.

nov 2014 Leia mais →

América, ribeira do Atlântico – por Rachel de Queiroz

A reconstrução de Wílliamsburg, nos Estados Unidos, faz a escritora refletir sobre os tesouros históricos brasileiros e como poderiam ser recuperados e explorados turisticamente. “E eu fico pensando na nossa Ouro Preto — no que não seria aquele tesouro de verdade na mão de americanos”.

nov 2014 Leia mais →

Leituras feriadas – Carlos Drummond de Andrade

“Sábado, domingo e se­gunda-feira o Brasil não funcionou, e todos aprova­ram o desligamento da corrente. Quem tem carro se mandou pelas estradas, em demanda de um ponto mais cômodo para não fazer na­da; quem não tem, pegou o trem, que ainda presta ser­viço. E houve os que se dei­xaram ficar em casa, sábios dos sábios, que não se dão ao trabalho de procurar re­pouso fora de si mesmos.”

nov 2014 Leia mais →

Dois gorilas e o fim do mundo

O mundo acabou. Sobraram um gorila e uma gorila. O que eles têm para comer é pouco e representa um grande perigo: o mundo começar de novo. O Pif-Paf, de Millôr Fernandes, contava em julho de 1964 essa história e uma outra curiosa, de uma fábrica de berços na antiga Alemanha Oriental.

out 2014 Leia mais →

A eterna ‘jeune fille’ – por Rachel de Queiroz

A escritora explica a diferença entre fille e jeune fille e diz que “nas conversas e na literatura, o pessoal anglo-saxônico quando quer falar em malícia, no eterno frívolo feminino, em sol­tura de costumes, em pecados, senão da carne, pelo menos da pele — diz que aqui­lo são ideias francesas, hábitos franceses”.

out 2014 Leia mais →

Mobilidade – por Carlos Drummond de Andrade

“– Dá licença? O cava­lheiro permite que eu rou­be dois minutos de seu pre­cioso tempo? Quer colabo­rar conosco no censo de mobilidade? Não se molesta se eu lhe fizer umas per­guntinhas ligeiras?”

out 2014 Leia mais →

No Pif-Paf, os grandes temas bíblicos

Jaguar começa com “A justiça de Salomão” sua série de cartuns baseada na Bíblia. Editado por Millôr Fernandes, o Pif-Paf de 6 de julho de 1964 também trouxe uma tabela peculiar de superlativos e respostas mordazes para as cartas dos leitores.

out 2014 Leia mais →

Brasil, ontem e hoje – por Rachel de Queiroz

A escritora comenta a situação do Brasil em outubro de 1964. “Ora, afinal parece que as coisas estão tomando jeito. Mesmo com o dólar tão caro, mesmo com a vida tão cara. O povo já se convenceu de que, de agora em diante, há alguém tomando conta, se esforçando, trabalhando dia e noite, quebrando a ca­beça para acertar.”

out 2014 Leia mais →

O cinema em outubro de 1964

No cinema do IMS-RJ, a Mostra Em 1964 exibe, em outubro: Os guarda-chuvas do amor, de Jacques Demy.

out 2014 Leia mais →

Robinson Crusoe – por Paulo Mendes Campos

O cronista escreve sobre o caso de um homem que foi diagnosticado com paralisia infantil e convida “todas as pessoas, sadias e doentes, pessimistas ou otimistas, a ler o livro Eu Fui Paralítico, de Gustavo Joppert.”

out 2014 Leia mais →

Pif-Paf e a vida comercial brasileira

Millôr Fernandes imaginou no Pif-Paf de 6 de julho de 1964 o contrato de uma casa comercial bem brasileira: “Em caso de falência, o lucro será dividido igualmente entre os sócios”. Esta edição tem outras pequenas grandes histórias, como as “Piadinhas psicas” e mais uma das “Fábulas fabulosas” de Millôr.

out 2014 Leia mais →

Alécio & criança – por Carlos Drummond de Andrade

“Olha, descobre este segredo: uma coisa são duas – ela mesma e sua imagem. Repara mais ainda. Uma coisa são inúmeras coisas”, escreveu Drummond para Alécio de Andrade em 1964. O cronista aconselha seus leitores a verem a exposição “Itinerário da infância”, com fotografias de crianças produzidas por Alécio e reproduz algumas palavras que ofereceu ao fotógrafo.

set 2014 Leia mais →

Anúncios desclassificados

Fortuna fustiga os militares com mais um cartum, no Pif-Paf de 1964. E a equipe de Millôr Fernandes lança os “Anúncios desclassificados”, com a tabela de preços mais baixa (em todos os sentidos) do mercado. Troca-se uma opinião e vendem-se homens novos ou usados.

set 2014 Leia mais →

O cinema em setembro de 1964

No cinema do IMS-RJ, a Mostra Em 1964 exibe, em setembro: Sonhos de mulheres, de Ingmar Bergman, O grito, de Michelangelo Antonioni, e A noite do iguana, de John Huston.

set 2014 Leia mais →

Alécio e sua “big ternura pela vida” – por Jane Leite

Uma dedicatória do fotógrafo Alécio de Andrade para Carlos Drummond de Andrade, encontrada na biblioteca do poeta, é amostra da amizade entre os dois, iniciada em 1964, depois que o escritor se encantou com o trabalho de Alécio. A biblioteca de Drummond e as fotografias de Alécio fazem parte do acervo do IMS.

set 2014 Leia mais →

Brasil em dicionário – por Carlos Drummond de Andrade

“De muitos livros me tenho desfeito, porque os julgue fúteis ou deixem de servir-me, porém nunca abri mão de um dicionário, e meu desejo maluco, mas compreensível, seria possuí-los todos numa edição concentrada que, contendo a suma dos tesouros verbais do universo, fosse o Dicionário da Vida.”

set 2014 Leia mais →

Fantasmas – por Paulo Mendes Campos

“A história é um pesadelo de que me esforço para despertar, diz um personagem de James Joyce. No mundo nosso o próprio presente se faz pesadelo. Científico em sua aspiração, pondo na técnica a sua mais extrema confiança, dividido em dois campos, militarizado na área estatal e dos grandes interesses econômicos, eis o admirável mundo novo — as coisas aberrantes estão nos jornais que lemos pela manhã e à tarde.”

set 2014 Leia mais →

O sexo que nós perdemos

Millôr Fernandes lamenta no Pif-Paf de 6 de julho de 1964 que a maçã, essa fruta tão insípida, corresponda ao sexo que nós temos, segundo os padres. “Vocês já imaginaram o sexo que teríamos se a primeira dama nos tivesse tentado com um tamarindo bem maduro, daqueles de dar água na boca?”. Segundo ele, as experiências sexuais em Vênus são muito mais intensas do que as da Terra.

set 2014 Leia mais →

Rio, de novo – por Rachel de Queiroz

A escritora comenta a situação econômica no Rio de Janeiro e no país. “Vamos ter esperanças. Lembre­mo-nos como é que a gente estava e como é que já está. A massa falida que era o país, se organizando para balanço, apurando as perdas, raspando os poucos lucros no fundo do tacho.”

set 2014 Leia mais →

Piazzas, de Roberto Piva: sob o signo de Maldoror – por Fábio Frohwein

Em abril de 1964, o Brasil mergulhou num momento de sua história que acarretou o cerceamento das liberdades do indivíduo. As pessoas perderam o direito de ir e vir livremente. Roberto Piva (1937-2010) não se calou ante o terror da repressão e valeu-se do papel subversivo que os poetas sabem desempenhar.

ago 2014 Leia mais →

Cruzeiro forte – por Carlos Drummond de Andrade

Um projeto que manda extinguir o centavo e outro que que institui o cruzeiro forte são o tema desta crônica de Drummond, publicada em 19 de agosto de 1964, no Correio da Manhã.

ago 2014 Leia mais →

O humorista-mártir do Brasil

Se você nunca pensou em dinamitar um porta-aviões, mandar pelos ares paióis de munição, metralhar o Palácio do Governo, destruir a Ponte Rio-Niterói ou esvaziar os pneus do diretor de trânsito, cuidado! Você pode vir a ser preso a qualquer instante. Foi o que aconteceu com o perigoso humorista Claudius em 1964. Millôr Fernandes e a equipe do Pif-Paf contam a história desse mártir.

ago 2014 Leia mais →

Ser contra ou a favor – por Rachel de Queiroz

“Como não apoiar o marechal Cas­tello Branco, homem de tão alta catego­ria, como dificilmente é dado ver igual em posto de governo?”

ago 2014 Leia mais →

Uma fábula reencontrada – por Hernani Heffner

“Fábula, minha casa em Copacabana”, realizado no Rio por Arne Sucksdorff, teve suas filmagens interrompidas pela polícia em agosto de 1964 sob alegação de que, ao tratar de crianças pobres, estava divulgando no exterior imagem negativa do Brasil. O IMS exibe no dia 20, às 20h, cópia restaurada sob a supervisão de Hernani Heffner, que explica neste texto o delicado trabalho e a acidentada história do longa-metragem.

ago 2014 Leia mais →

O mundo musical de Baden – por Vinicius de Moraes

Em duas crônicas escritas em dezembro de 1964, Vinicius de Moraes exaltou “Le Monde Musical de Baden”, primeiro disco europeu de Baden Powell, e contou histórias divertidas e comoventes sobre seu grande parceiro e amigo, como a temporada no restaurante A Feijoada.

ago 2014 Leia mais →

Janela mágica – por Carlos Drummond de Andrade

O autor comenta o livro de crônicas de Cecília Meireles, ainda em preparativos para publicação naquele agosto de 1964. “Nessas páginas, a autora de Mar absoluto oferece uma vista nostálgica da infância a prolongar-se pela vida a fora.”

ago 2014 Leia mais →

Um ABC de Millôr

Millôr Fernandes e a equipe do Pif-Paf espalham reflexões pelo alfabeto. Q de Quartelada: “General! Vamos surpreendê-los com uma democracia?”; T de Teje preso: “Uma polícia ainda indecisa dissolveu o comício com escoriações generalizadas”.

ago 2014 Leia mais →

O reino das lembranças – por Paulo Mendes Campos

“O passado é o espaço de cada um. O que aconteceu é tarefa já cumprida, vida que se obteve de percepções ilusórias, reino tran­quilo dos emotivos. Eis por que estremeço todas as manhãs, quando o mundo se impõe a mim outra vez. No decorrer de um dia há ci­ladas suficientes para que o passado de um homem se transforme com violência.”

ago 2014 Leia mais →

O parque – por Carlos Drummond de Andrade

Drummond comenta um filme feito por alunos de colégio estadual que participaram de um curso experimental de cinema: “[…] vendo se sucederem as imagens de O Parque, fui sendo conquistado pelo que via, e o tempo que senti passar foi o tempo emocional e humano da história do filme.”

jul 2014 Leia mais →

Millôr avisa no Pif-Paf: os generais estão generalizando

Millôr Fernandes escreveu no Pif-Paf de 6 de julho de 1964: “No Brasil, a cada dia que passa há mais noção de dever. Nós, os humoristas, humoristamos, e os generais agora realmente estão generalizando”. Ele ainda deseja ao leitor que “tudo vá de vento em popa, sobretudo a popa”.

jul 2014 Leia mais →

Depois da queda, por Decio de Almeida Prado

Paulo Autran teve em 1964 um de seus grandes desempenhos teatrais com Depois da queda, de Arthur Miller. Em seu artigo sobre a encenação de Flávio Rangel, o temido crítico Decio de Almeida Prado exaltou o ator e o espetáculo, “um dos mais harmoniosos que jamais vimos no teatro nacional”. Os acervos de Autran e Decio estão sob a guarda do IMS.

jul 2014 Leia mais →

Regeneração – por Rachel de Queiroz

“A Revolu­ção, esta nossa revolução de 31 de março, não pode se limitar a ser apenas o que foi até agora — um movimento armado que promoveu a derrubada dos corruptos do poder e a instalação de um governo decente e austero. Isso é apenas a pri­meira etapa.”

jul 2014 Leia mais →

O cinema em julho de 1964

Como parte da mostra Em 1964, o cinema do IMS-RJ exibirá, em julho, o filme Sol sobre a lama, de Alex Viany.

jul 2014 Leia mais →

Uma cor – por Carlos Drummond de Andrade

O cronista escreve sobre o aparecimento de meias pretas em pernas femininas, em julho de 1964.

jul 2014 Leia mais →

A eterna guerra marido x mulher

Millôr Fernandes conta, no Pif-Paf de 22 de junho de 1964, mais um episódio da guerra sem fim entre marido e mulher. Uma relação de muito veneno, do DDT ao cianureto. E a equipe da revista responde às cartas de seus leitores, coitados.

jul 2014 Leia mais →

O vendedor de gravidade – por Paulo Mendes Campos

Nesta crônica, o escritor fala sobre genialidade, citando Chaplin e Pelé, da sua vontade de descobrir a verdadeira fonte de renda ou prestígio das pessoas e do vendedor de gravidade, um tipo que realmente o impressiona.

jul 2014 Leia mais →

A caça às feiticeiras – por Rachel de Queiroz

“O problema é dificílimo. Todo o mun­do está de acordo em que o governo precisa identificar e punir os inimigos pú­blicos que estavam leiloando o Brasil a essa espécie de socialismo degenerado que se convencionou chamar “comunismo in­ternacional”; mas todo o mundo também exige que a eliminação dos focos de insur­reição se faça sem se cair no erro extre­mo da caçada cega às feiticeiras, sem se atacar essa cidadela que é o próprio cora­ção da democracia: a liberdade de pensa­mento e de palavra.”

jun 2014 Leia mais →

Pif-Paf quer saber: para onde você se inclina?

Jaguar reflete sobre a alta dos preços; Ziraldo desenha para propaganda de editora, na qual se avisa: “Se você prefere livros ruins, também temos e vendemos, embora com menos prazer”. Millôr e equipe escrevem sobre cinema e fazem um teste para saber para onde nos inclinávamos em 1964.

jun 2014 Leia mais →

O mainá – por Carlos Drummond de Andrade

O cronista comenta a morte do mainá de Garrincha, pássaro que era grande paixão do jogador, pelas mãos de sujeitos não identificados, pouco depois do golpe militar.

jun 2014 Leia mais →

Relembrando princípios – por Paulo Mendes Campos

O cronista relembra sua participação no I Congresso de Escritores, realizado em 1945 na cidade de São Paulo: “Execrar eu execrava a ditadura estado-novista; mas, se queria com muita candura a liberdade, não tinha, e não queria ter, boboca, a consciência do que isso representava para a responsabilidade de ser ho­mem e de pensar.”

jun 2014 Leia mais →

Pif-Paf analisa uma cena de duelo

Na série “Pif-Paf analisa uma piada”, a equipe da revista discute uma cena que sugere, à primeira vista, um duelo entre um atirador e um corredor, mas que poderia ser apenas uma coincidência. Traz ainda observações sobre Confúcio, psicanalistas, dentistas e apresenta uma tragédia no “Teatro Corisco”.

jun 2014 Leia mais →

A invasão britânica – por Arthur Dapieve

Foi em 1964 que os Beatles e os Rolling Stones pousaram nos Estados Unidos e se tornaram fenômenos mundiais. O quarteto de franjinhas e o quinteto de “homens das cavernas” influenciaram o som do mundo, incluindo o Brasil da Jovem Guarda e da Tropicália. Eles ainda apresentaram aos próprios americanos um gênio americano: Muddy Waters.

jun 2014 Leia mais →

O beijo dos jovens – por Carlos Drummond de Andrade

“O Dia dos Namorados, o mais prudente é não comemorá-lo este ano, ou nunca mais. Pois um senhor deputado foi à Assembleia Legislativa e apresentou projeto que institui a Polícia de Repressão aos Crimes de Ofensa ao Pudor Público. Entre esses crimes figura o beijo, colocado assim na mesma área nefanda do homicídio, do incêndio culposo, do latrocínio, da moeda falsa e de outras práticas antissociais definidas no Código Penal.”

jun 2014 Leia mais →

Do processo de Kafka – por Paulo Mendes Campos

Nesta crônica, é apresentado o caso de José K.: abordado por investigadores não identificados, o personagem é detido e processado por razões que não consegue compreender.

jun 2014 Leia mais →

Pif-Paf lança robô para presidente

Estudando o comportamento dos partidos, a ambição de glória dos intelectuais, o vivo fluir e refluir dos grupos econômicos, o Pif-Paf, de Millôr Fernandes, chegou à conclusão de que não existe a possibilidade de um presidente perfeito. Assim sendo, oferecemos a candidatura de um robô. O Brasil precisa ser governado por um cérebro eletrônico, por um controle remoto.

maio 2014 Leia mais →

A invenção inacabada – por José Carlos Avellar

Deus e o diabo na terra do sol estreou em circuito comercial em 1º de junho de 1964. Na mesma data, 50 anos depois, o IMS exibe o filme. O crítico José Carlos Avellar compara o impacto da obra-prima de Glauber Rocha ao que teve a primeira exibição de cinema, em 1895, em Paris.

maio 2014 Leia mais →

A nova revolução – por Rachel de Queiroz

“Um dos aspectos mais importantes e tranquilizadores desta revolução que veio tirar o Brasil do charco janguista é que ela não se arreceia de ser revolução mesmo. Dá aos seus chefes o título de co­mando revolucionário, proclama-se revolução sem medo da palavra e, com o Ato Institucional, como que materializou, documentou o fato concreto e assumiu abertamente todas as responsabilidades do movimento armado de libertação nacio­nal.”

maio 2014 Leia mais →

O amor acaba – por Paulo Mendes Campos

Paulo Mendes Campos reflete sobre o amor em sua crônica e diz que “[…] às vezes o amor acaba como se fora melhor nunca ter exis­tido; mas pode acabar com doçura e esperança […]”.

maio 2014 Leia mais →

Pif-paf espanta especialistas: não tem grupos econômicos por trás

Especialistas já apontam o Pif-Paf como a revista mais séria do país. Eles estão maravilhados por não descobrirem nenhum grupo econômico por trás de nós. Nem pela frente. Neste número 3, Millôr e sua equipe respondem às cartas dos curiosos leitores.

maio 2014 Leia mais →

Walter Silva: a bossa nova se muda para São Paulo – por Bia Paes Leme

Testemunha em 1962 do concerto do Carnegie Hall, em Nova York, e do lançamento de “Garota de Ipanema” no Rio, o radialista Walter Silva impulsionou o novo gênero em São Paulo com shows que abriram caminho em 1964 para Elis Regina, Chico Buarque e outros.

maio 2014 Leia mais →

Antielegia do centavo – por Carlos Drummond de Andrade

“Não chorarei a morte do centavo, que um deputado propôs e a Comissão de Justiça da Câmara aprovou. Ele teve vida curta e nunca se impôs. Nascido em 1942, e cunhado em moedas de 10, 20 e 50 – espécie de figurativismo abstrato – sua capacidade aquisitiva era tão discreta que, a bem dizer, com ele se compravam apenas aborrecimentos.”

maio 2014 Leia mais →

Despertando “Quintanares”: 20 anos da morte de Mario Quintana

Questionado pela falta de matéria política em sua poesia, Mario Quintana acreditava que o verdadeiro engajamento do artista era o engajamento poético. Leia uma crônica do poeta, publicada pouco antes do golpe, em que fala sobre a necessidade de despertar o leitor. O texto faz parte do Arquivo Mario Quintana, sob a guarda do IMS.

maio 2014 Leia mais →

A lista – por Carlos Drummond de Andrade

“– Como é, o seu nome está na lista?
– Claro, e com muita honra. Na lista dos que lutam por um Brasil melhor.
– Não é essa. A outra.
– Que outra?
– A nova lista de cassação de mandatos e de direitos políticos.”

maio 2014 Leia mais →

Pif-Paf explica a revolução

Em sua 3ª edição, a equipe da revista faz um resumo dos últimos acontecimentos, define a mulher jovem e comenta uma decisão da suprema corte americana. Informa também que o resultado da promoção “Quinhentos contos por uma piada” sairia no 10º número do Pif-Paf, se Deus e o Ato Institucional permitissem (e não permitiram).

maio 2014 Leia mais →

O cinema em maio de 1964

No cinema do IMS, a Mostra Em 1964 exibe, em maio: Vidas secas, de Nelson Pereira dos Santos, e O leopardo, de Luchino Visconti.

abr 2014 Leia mais →

Dos bens imponderáveis – por Carlos Drummond de Andrade

“Eis que termina o prazo para declaração de ren­dimentos e bens, e ainda uma vez, de esferográfica no ar, o cronista se interroga, antes de preencher o formulário hieroglífico adquirido na papelaria: que são bens? que são rendimentos?”

abr 2014 Leia mais →

Hélio Oiticica e a ditadura militar no Brasil – por Michael Asbury

O golpe militar e a morte do pai foram dois desastres que marcaram Oiticica em 1964. Compreendendo sua ética e sua estética, não é contraditório que tenha sido o seu ano mais libertador, com a invenção dos parangolés e as incursões na Mangueira.

abr 2014 Leia mais →

Lavoro – por Rachel de Queiroz

“Nas horas de crise, quando se varam noites inteiras em vigília cívica, junto ao telefone e ao rádio, esperando o estado de sítio, a proclamação dos generais, a prisão do líder, não há como um bom tricô para acalmar os nervos enquanto se espera, ou para ritmar a voz dos locuto­res, enquanto se escuta.”

abr 2014 Leia mais →

Lições financeiras e de bons modos no Pif-Paf

“Dinheiro não é tudo. Tudo é a falta de dinheiro”, ensinam Millôr Fernandes e a equipe do Pif-Paf no nº 2 da revista que marcou 1964. Saiba também como um escoteiro ajudou um velhinho soltando seu cachorro atrás do idoso.

abr 2014 Leia mais →

O cinema em abril de 1964

No cinema do IMS, a Mostra Em 1964 exibe, em abril: Noites de circo, de Ingmar Bergman, Electra, a vingadora, de Michael Cacoyannis, e Lawrence da Arábia, de David Lean.

abr 2014 Leia mais →

Golpe de vista – 1964 sob a perspectiva de Clarice e Otto

Em palestra no IMS-RJ, o crítico literário Augusto Massi traça paralelo entre “O braço direito”, de Otto Lara Resende, e “A paixão segundo G.H.”, de Clarice Lispector, publicados em 1964 sob o pano de fundo do golpe militar.

abr 2014 Leia mais →

Medo de avião – por Paulo Mendes Campos

“Escrevia tranquilamente a reportagem do eclipse, quando, de repente, não mais que de repente, o avião caiu e eu subi.”

abr 2014 Leia mais →

Hora de provar – por Carlos Drummond de Andrade

“É com tristeza misturada a horror que, ao longo da vida, tenho presenciado generais depondo presidentes, por piores que estes fossem. Será que jamais aprenderemos a existir politicamente? Não haverá jeito para o Brasil? “

abr 2014 Leia mais →

Lembranças de Coutinho e do ‘Cabra’

O lançamento do DVD de “Cabra marcado para morrer” foi pontuado por amigos recordando o cineasta Eduardo Coutinho, assassinado pelo filho em 2 de fevereiro. O fato trágico apareceu na conversa entre o diretor, editor e crítico Eduardo Escorel e o produtor e diretor Zelito Viana, com mediação de José Carlos Avellar, coordenador de cinema do IMS. Assista ao vídeo do evento.

abr 2014 Leia mais →

Palavra e silêncio – por Paulo Mendes Campos

“De minha parte sustento, por exemplo, que deviam existir conventos leigos, subvencionados pelo estado, onde a gente pudesse curar-se da sufocante atmosfera de palavras em que vive.”

abr 2014 Leia mais →

Pif-Paf explica uma piada de ilha deserta

O casal que discute a relação numa ilha deserta é um grande mote para anedotas. Na série “Pif-Paf analiza uma piada”, a equipe da revista mostra como, sob aparência selvagem, o homem do cartum é um intelectual, um ser de sangue frio. Talvez um humorista.

abr 2014 Leia mais →

O golpe, hora a hora

Para relembrar o passo a passo do golpe de estado que derrubou o governo de João Goulart e instalou a ditadura militar no Brasil em 1964, o perfil do IMS no Twitter reproduziu, na sequência original, os fatos mais importantes de 31 de março e 1º de abril de 1964, dois dias que mudaram a história do Brasil.

abr 2014 Leia mais →

Rachel e o golpe – por Isabel Lustosa

A escritora Rachel de Queiroz colaborou intensamente com o golpe de 1964 e contava isto sem constrangimento. Isabel Lustosa escreve sobre a entrevista que a escritora concedeu a ela em 1993, repleta de revelações sobre a cena política da época, faz um paralelo com a situação política atual e menciona possibilidades de estudos sobre o golpe de 1964.

abr 2014 Leia mais →

Uma loja – por Carlos Drummond de Andrade

“As lojas tradicionais são um pouco propriedade de seus clientes e até dos indivíduos que nunca puseram nelas os pés mas sentiram sua influência na vida urbana. As lojas apenas? Tudo.”

mar 2014 Leia mais →

A perseguição a João Alexandre Barbosa – por Ana Mae Barbosa

Perseguido pela ditadura militar já em 1964, João Alexandre Barbosa (1937-2006) viria a ser professor titular de literatura na Universidade de São Paulo, além de ter mudado o panorama editorial brasileiro com sua atuação à frente da Edusp. Em depoimento para o site “Em 1964”, Ana Mae, esposa de João Alexandre, fala sobre o impacto da ditadura, amigos presos, vizinhos delatores, invasão da polícia e dos militares a sua casa, mudanças e o apoio de Antonio Candido, José Mindlin, Roberto Schwarz e Augusto de Campos.

mar 2014 Leia mais →

Seminário 1964 – 50 anos depois

O Instituto Moreira Salles transmite ao vivo na internet, com exclusividade, o seminário 1964: 50 anos depois, realizado no Sesc Consolação, em São Paulo, pelo Cebrap (Centro Brasileiro de Análise …

mar 2014 Leia mais →

Dar um jeitinho – por Paulo Mendes Campos

“Adiar no Brasil é um clima. Não é pos­sível evitá-lo. Não há nada a fazer quanto a isso”, escreveu o inglês Peter Fleming em 1933 sobre a tradição nacional da procrastinação.

mar 2014 Leia mais →

A prisão de Claudius no Pif-Paf

A equipe do Pif-Paf estava preparando as regras do Jogo da Democracia quando foi informada da prisão de um de seus colaboradores, Claudius, motivada pelo cartum publicado no primeiro número da revista. “Acabam de prender também um humorista. Só mesmo a nossa pretensiosa classe não tinha seu mártir.”

mar 2014 Leia mais →

Brasileiro, homem do amanhã – por Paulo Mendes Campos

“Constituindo as colu­nas da brasilidade, as duas constantes, como todos sabem, são: 1) a capacidade de dar um jeito; 2) a capacidade de adiar. O brasileiro adia; logo existe.”

mar 2014 Leia mais →

Chico & Caetano em 64: preparados para decolar – por Tárik de Souza

Chico Buarque, nos festivais universitários de São Paulo e na composição que considera o início oficial de sua carreira (“Tem mais samba”), e Caetano Veloso, no espetáculo “Nós, por exemplo” ao lado de Gil, Gal e Bethânia, deram em 1964 os primeiros passos rumo aos papéis de protagonistas da música brasileira.

mar 2014 Leia mais →

Veranico – por Carlos Drummond de Andrade

“João Goulart resolveu se transferir para o Museu da República. Altas conveniências táticas, talvez: sendo o mu­seu uma casa de cultura, ali quedará a salvo da maioria de seus cumpinchas e poderá fazer aquilo que todos desejaríamos que ele fizesse, ao menos nos domingos, e que ain­da não teve jeito de começar: presidir.”

mar 2014 Leia mais →

Cartilha para o povo no Pif-Paf

Millôr Fernandes se esforça no PIf-Paf para educar o povo, algo que os militares queriam muito em 1964. E Emanuel Vão Gogo, uma das mais famosas criações de Millôr, apresenta o seu “Alfabeto concreto”.

mar 2014 Leia mais →

A Caravana Farkas – por Sergio Burgi

Thomaz Farkas deu início em 1964 à produção de quatro documentários fundamentais na cinematografia brasileira. Um deles é Viramundo, sobre a chegada de milhares de migrantes nordestinos a São Paulo. As fotografias feitas por Farkas durante as filmagens ampliam a compreensão do assunto e do país.

fev 2014 Leia mais →

As dez mais vips do morro – por Paulo Mendes Campos

Teodoro Enguiço, colunista social dos morros cariocas, apresenta suas eleitas na crônica de Paulo Mendes Campos: Rosinha Boca de Fogo (“Entrou mais homem na sua casa do que no Pronto-Socorro”), Clarimunda Brasil (“Ninguém recebe um espírito tão bem feito ela”), Maria Filha de Maria (“Não olha nem pra cachorro macho”) e outras.

fev 2014 Leia mais →

Pif-Paf analisa uma caricatura

Textos de Millôr Fernandes e o desenho de Claudius que irritou os militares já no início da ditadura estão nas páginas do Pif Paf que Em 1964 recorda em sua segunda visita ao acervo de Millôr.

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A paixão segundo G.H. – Impressões da crítica

A própria Clarice Lispector afirmava ser o seu melhor livro. A paixão segundo G.H. foi um dos principais lançamentos literários brasileiros em 1964 e sua importância só fez crescer com o passar dos anos. Reunidas aqui, algumas primeiras impressões publicadas na imprensa registram esse impacto. Houve também quem não gostasse.

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Opinião, 50 anos depois

Assista ao vídeo integral da recriação do histórico show Opinião. Promovido pelo IMS, o evento trouxe Joyce e Casuarina apresentando sua versão do espetáculo 50 anos após a estreia em 1964.

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Lotação – por Carlos Drummond de Andrade

Publicada em fevereiro de 64, a crônica de Drummond conta história de um atormentado motorista e os mil cruzeiros que ele perdeu (ou quase perdeu).

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Zicartola – por Hermínio Bello de Carvalho

O poeta e produtor que foi um dos responsáveis pelo Zicartola recorda as histórias da casa de samba que começou a ganhar fama no verão de 1964 e a se tornar um agitado centro cultural e político.

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A cidade sitiada – por Rachel de Queiroz

A vantagem destas agruras, por que estamos passando os cariocas, é que, chegando o tempo de guerra de verdade, ninguém mais estranha. Vamos adquirindo a resistência es­partana dos habitantes de …

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Primeiro Pif-Paf – Millôr Fernandes

Em 21 de maio de 1964, Millôr Fernandes lançou Pif-Paf, versão ampliada e em formato revista da seção homônima que manteve até o ano anterior em O Cruzeiro. Ele, Claudius, Fortuna, Jaguar, Ziraldo e outros publicaram oito números em 1964, até que a perseguição da incipiente ditadura militar os fez desistir.

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Opiniões sobre o Opinião – por José Ramos Tinhorão, Sérgio Porto e Sérgio Cabral

Duas semanas após a estreia do show, em dezembro de 1964, José Ramos Tinhorão publicou artigo atacando Opinião, que representaria, sobretudo na figura de Nara Leão, a “apropriação da cultura popular pela classe média sem cultura própria”. No domingo seguinte, Sérgio Porto e Sérgio Cabral responderam. Veja como foi a polêmica.

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Um novo Opinião 50 anos depois

Convidados pelo IMS para reconstruir o show Opinião 50 anos depois, Joyce Moreno e o grupo Casuarina tiveram total liberdade para criar um roteiro próprio, para um show único, longe de querer ser uma cópia. A apresentação no IMS-RJ é no dia 8/2, às 19h.

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Um ano em uma sala

A exposição Em 1964, no IMS-RJ, propõe uma imersão na vida cultural daquele ano marcante tendo como base principal os acervos do IMS. Clarice Lispector, Baden Powell, Thomaz Farkas, Otto Lara Resende, seus livros, suas cartas, suas músicas, suas fotos compõem uma experiência única, combinando política, costumes e, claro, arte.

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O braço direito, um livro cult – por Ana Miranda

A escritora, que trabalhou na versão final da obra em 1993, analisa o único romance de Otto Lara Resende, livro que “pode ser lido pelo viés do sentimento e pelo da razão”. Para ela, há na narrativa “um labirinto sem saída, um horizonte sinuoso, intransponível”. Mas também há “uma linha contínua de graça, senso de humor, enlevo”.

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Brasília, 1964, com Jorge Bodanzky

Ainda distante de se tornar um importante fotógrafo e cineasta, Bodanzky, iniciando o curso de arquitetura na UnB, registrou em imagens o impacto da notícia do golpe militar sobre os estudantes e a reação das passeatas. Ele relembra em vídeo aquele momento.

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Carta – por Carlos Drummond de Andrade

“Não cresci, em comparação com o senhor. Tenho a idade que o senhor tinha quando me parecia velho — velho feito de baraúna e nervos, mas em todo caso velho. E sinto que não alcançarei nunca sua dimensão. Parou o tempo de crescer; muitos outros tempos pararam, nós mesmos estamos parados um diante do outro.”

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