O último aviso do Pif-paf

Millôr Fernandes e a equipe do Pif-Paf! fazem uma advertência: “Se o governo continuar deixando que algumas pessoas pensem por sua própria cabeça; e, sobretudo, se o governo continuar deixando que circule esta revista, com toda sua irreverência e crítica, dentro em breve estaremos numa democracia”. Esta edição, de 27 de agosto de 1964, foi a oitava e última do Pif-Paf. A revista não resistiu ao regime militar.

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De repente – por Paulo Mendes Campos

O cronista reflete sobre deixar de escrever, em texto publicado na revista Manchete em 19 de dezembro de 1964. “De repente, pela primeira vez com essa intensidade, luminosa e embriagadora, a tentação de deixar para todo o sempre de escrever. Ah, deixar de escrever! Como quem deixa de beber e se inebria de sobriedade.”

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Adão, a maçã e a história

“Marido é um homem solteiro que deu azar”, escreveu Millôr Fernandes no Pif-Paf de 13 de agosto de 1964. Ele também criou uma “compossão infantiu” sobre o primeiro dos maridos, Adão, que arriscou tudo por causa da maçã, esta controvertida personagem histórica. Na mesma edição, Fortuna desenhou mais um garboso militar.

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A discoteca – por Carlos Drummond de Andrade

Um diálogo sobre a venda de uma discoteca é o tema desta crônica. “Com a emoção na voz, como se contasse a amputação de um de um braço, ele me comunicou pelo telefone que vendera a sua discoteca. Discoteca preciosa, especializada: levara 30 anos para formá-la. Todos a admiram e invejam”.

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As eleições americanas (I) – por Rachel de Queiroz

A escritora comenta as eleições de 1964 nos Estados Unidos, quando o presidente Lyndon Johnson foi reeleito. “Nas semanas anteriores à eleição havia muita discussão, suspense e propaganda, é verdade; mas tudo muito longe daquele ambiente de competição histérica, promovida pelos candidatos, que se vê no Brasil.”

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Os sintomas da traição segundo Millôr

Millôr Fernandes, “catedrático de desquites amigáveis”, aponta no Pif-Paf de julho de 1964 os sintomas de que um homem está sendo traído por sua mulher. Tudo pode começar no momento em que ele está mais seguro de si mesmo.

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O armador – por Paulo Mendes Campos

“Na primeira vez que fui a Porto Alegre queria ser soldado. Contava dezoito anos e (o verbo é adolescente) almejava uma vida a grande velocidade entre o céu e a terra, voando na liberdade da minha solidão.”

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A.F.L. – por Carlos Drummond de Andrade

Em sua crônica, o escritor homenageia Antônio Francisco Lisboa, o artista conhecido como Aleijadinho. “Começo a acreditar que Antônio Francisco Lisboa não tenha jamais existido. Existiu foi uma angústia em forma de gente, erran­do longo tempo nas estra­das do ouro.”

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Como ficam os homens sem dona Rosinha?

Na série “Pif-Paf analisa uma piada”, Millôr Fernandes e equipe abrasileiram um cartum americano e mostram o desalento de um escritório após a saída de dona Rosinha, a única mulher que ali trabalhava. Mas, afinal, quem era dona Rosinha? Este é o grande mistério.

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América, ribeira do Atlântico – por Rachel de Queiroz

A reconstrução de Wílliamsburg, nos Estados Unidos, faz a escritora refletir sobre os tesouros históricos brasileiros e como poderiam ser recuperados e explorados turisticamente. “E eu fico pensando na nossa Ouro Preto — no que não seria aquele tesouro de verdade na mão de americanos”.

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Leituras feriadas – Carlos Drummond de Andrade

“Sábado, domingo e se­gunda-feira o Brasil não funcionou, e todos aprova­ram o desligamento da corrente. Quem tem carro se mandou pelas estradas, em demanda de um ponto mais cômodo para não fazer na­da; quem não tem, pegou o trem, que ainda presta ser­viço. E houve os que se dei­xaram ficar em casa, sábios dos sábios, que não se dão ao trabalho de procurar re­pouso fora de si mesmos.”

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Dois gorilas e o fim do mundo

O mundo acabou. Sobraram um gorila e uma gorila. O que eles têm para comer é pouco e representa um grande perigo: o mundo começar de novo. O Pif-Paf, de Millôr Fernandes, contava em julho de 1964 essa história e uma outra curiosa, de uma fábrica de berços na antiga Alemanha Oriental.

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A eterna ‘jeune fille’ – por Rachel de Queiroz

A escritora explica a diferença entre fille e jeune fille e diz que “nas conversas e na literatura, o pessoal anglo-saxônico quando quer falar em malícia, no eterno frívolo feminino, em sol­tura de costumes, em pecados, senão da carne, pelo menos da pele — diz que aqui­lo são ideias francesas, hábitos franceses”.

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Mobilidade – por Carlos Drummond de Andrade

“– Dá licença? O cava­lheiro permite que eu rou­be dois minutos de seu pre­cioso tempo? Quer colabo­rar conosco no censo de mobilidade? Não se molesta se eu lhe fizer umas per­guntinhas ligeiras?”

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No Pif-Paf, os grandes temas bíblicos

Jaguar começa com “A justiça de Salomão” sua série de cartuns baseada na Bíblia. Editado por Millôr Fernandes, o Pif-Paf de 6 de julho de 1964 também trouxe uma tabela peculiar de superlativos e respostas mordazes para as cartas dos leitores.

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Brasil, ontem e hoje – por Rachel de Queiroz

A escritora comenta a situação do Brasil em outubro de 1964. “Ora, afinal parece que as coisas estão tomando jeito. Mesmo com o dólar tão caro, mesmo com a vida tão cara. O povo já se convenceu de que, de agora em diante, há alguém tomando conta, se esforçando, trabalhando dia e noite, quebrando a ca­beça para acertar.”

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O cinema em outubro de 1964

No cinema do IMS-RJ, a Mostra Em 1964 exibe, em outubro: Os guarda-chuvas do amor, de Jacques Demy.

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Robinson Crusoe – por Paulo Mendes Campos

O cronista escreve sobre o caso de um homem que foi diagnosticado com paralisia infantil e convida “todas as pessoas, sadias e doentes, pessimistas ou otimistas, a ler o livro Eu Fui Paralítico, de Gustavo Joppert.”

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Pif-Paf e a vida comercial brasileira

Millôr Fernandes imaginou no Pif-Paf de 6 de julho de 1964 o contrato de uma casa comercial bem brasileira: “Em caso de falência, o lucro será dividido igualmente entre os sócios”. Esta edição tem outras pequenas grandes histórias, como as “Piadinhas psicas” e mais uma das “Fábulas fabulosas” de Millôr.

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Alécio & criança – por Carlos Drummond de Andrade

“Olha, descobre este segredo: uma coisa são duas – ela mesma e sua imagem. Repara mais ainda. Uma coisa são inúmeras coisas”, escreveu Drummond para Alécio de Andrade em 1964. O cronista aconselha seus leitores a verem a exposição “Itinerário da infância”, com fotografias de crianças produzidas por Alécio e reproduz algumas palavras que ofereceu ao fotógrafo.

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Anúncios desclassificados

Fortuna fustiga os militares com mais um cartum, no Pif-Paf de 1964. E a equipe de Millôr Fernandes lança os “Anúncios desclassificados”, com a tabela de preços mais baixa (em todos os sentidos) do mercado. Troca-se uma opinião e vendem-se homens novos ou usados.

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O cinema em setembro de 1964

No cinema do IMS-RJ, a Mostra Em 1964 exibe, em setembro: Sonhos de mulheres, de Ingmar Bergman, O grito, de Michelangelo Antonioni, e A noite do iguana, de John Huston.

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Alécio e sua “big ternura pela vida” – por Jane Leite

Uma dedicatória do fotógrafo Alécio de Andrade para Carlos Drummond de Andrade, encontrada na biblioteca do poeta, é amostra da amizade entre os dois, iniciada em 1964, depois que o escritor se encantou com o trabalho de Alécio. A biblioteca de Drummond e as fotografias de Alécio fazem parte do acervo do IMS.

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Brasil em dicionário – por Carlos Drummond de Andrade

“De muitos livros me tenho desfeito, porque os julgue fúteis ou deixem de servir-me, porém nunca abri mão de um dicionário, e meu desejo maluco, mas compreensível, seria possuí-los todos numa edição concentrada que, contendo a suma dos tesouros verbais do universo, fosse o Dicionário da Vida.”

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Fantasmas – por Paulo Mendes Campos

“A história é um pesadelo de que me esforço para despertar, diz um personagem de James Joyce. No mundo nosso o próprio presente se faz pesadelo. Científico em sua aspiração, pondo na técnica a sua mais extrema confiança, dividido em dois campos, militarizado na área estatal e dos grandes interesses econômicos, eis o admirável mundo novo — as coisas aberrantes estão nos jornais que lemos pela manhã e à tarde.”

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O sexo que nós perdemos

Millôr Fernandes lamenta no Pif-Paf de 6 de julho de 1964 que a maçã, essa fruta tão insípida, corresponda ao sexo que nós temos, segundo os padres. “Vocês já imaginaram o sexo que teríamos se a primeira dama nos tivesse tentado com um tamarindo bem maduro, daqueles de dar água na boca?”. Segundo ele, as experiências sexuais em Vênus são muito mais intensas do que as da Terra.

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Rio, de novo – por Rachel de Queiroz

A escritora comenta a situação econômica no Rio de Janeiro e no país. “Vamos ter esperanças. Lembre­mo-nos como é que a gente estava e como é que já está. A massa falida que era o país, se organizando para balanço, apurando as perdas, raspando os poucos lucros no fundo do tacho.”

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Piazzas, de Roberto Piva: sob o signo de Maldoror – por Fábio Frohwein

Em abril de 1964, o Brasil mergulhou num momento de sua história que acarretou o cerceamento das liberdades do indivíduo. As pessoas perderam o direito de ir e vir livremente. Roberto Piva (1937-2010) não se calou ante o terror da repressão e valeu-se do papel subversivo que os poetas sabem desempenhar.

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Cruzeiro forte – por Carlos Drummond de Andrade

Um projeto que manda extinguir o centavo e outro que que institui o cruzeiro forte são o tema desta crônica de Drummond, publicada em 19 de agosto de 1964, no Correio da Manhã.

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O humorista-mártir do Brasil

Se você nunca pensou em dinamitar um porta-aviões, mandar pelos ares paióis de munição, metralhar o Palácio do Governo, destruir a Ponte Rio-Niterói ou esvaziar os pneus do diretor de trânsito, cuidado! Você pode vir a ser preso a qualquer instante. Foi o que aconteceu com o perigoso humorista Claudius em 1964. Millôr Fernandes e a equipe do Pif-Paf contam a história desse mártir.

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Ser contra ou a favor – por Rachel de Queiroz

“Como não apoiar o marechal Cas­tello Branco, homem de tão alta catego­ria, como dificilmente é dado ver igual em posto de governo?”

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Uma fábula reencontrada – por Hernani Heffner

“Fábula, minha casa em Copacabana”, realizado no Rio por Arne Sucksdorff, teve suas filmagens interrompidas pela polícia em agosto de 1964 sob alegação de que, ao tratar de crianças pobres, estava divulgando no exterior imagem negativa do Brasil. O IMS exibe no dia 20, às 20h, cópia restaurada sob a supervisão de Hernani Heffner, que explica neste texto o delicado trabalho e a acidentada história do longa-metragem.

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O mundo musical de Baden – por Vinicius de Moraes

Em duas crônicas escritas em dezembro de 1964, Vinicius de Moraes exaltou “Le Monde Musical de Baden”, primeiro disco europeu de Baden Powell, e contou histórias divertidas e comoventes sobre seu grande parceiro e amigo, como a temporada no restaurante A Feijoada.

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Janela mágica – por Carlos Drummond de Andrade

O autor comenta o livro de crônicas de Cecília Meireles, ainda em preparativos para publicação naquele agosto de 1964. “Nessas páginas, a autora de Mar absoluto oferece uma vista nostálgica da infância a prolongar-se pela vida a fora.”

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Um ABC de Millôr

Millôr Fernandes e a equipe do Pif-Paf espalham reflexões pelo alfabeto. Q de Quartelada: “General! Vamos surpreendê-los com uma democracia?”; T de Teje preso: “Uma polícia ainda indecisa dissolveu o comício com escoriações generalizadas”.

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O reino das lembranças – por Paulo Mendes Campos

“O passado é o espaço de cada um. O que aconteceu é tarefa já cumprida, vida que se obteve de percepções ilusórias, reino tran­quilo dos emotivos. Eis por que estremeço todas as manhãs, quando o mundo se impõe a mim outra vez. No decorrer de um dia há ci­ladas suficientes para que o passado de um homem se transforme com violência.”

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O parque – por Carlos Drummond de Andrade

Drummond comenta um filme feito por alunos de colégio estadual que participaram de um curso experimental de cinema: “[…] vendo se sucederem as imagens de O Parque, fui sendo conquistado pelo que via, e o tempo que senti passar foi o tempo emocional e humano da história do filme.”

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Millôr avisa no Pif-Paf: os generais estão generalizando

Millôr Fernandes escreveu no Pif-Paf de 6 de julho de 1964: “No Brasil, a cada dia que passa há mais noção de dever. Nós, os humoristas, humoristamos, e os generais agora realmente estão generalizando”. Ele ainda deseja ao leitor que “tudo vá de vento em popa, sobretudo a popa”.

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Depois da queda, por Decio de Almeida Prado

Paulo Autran teve em 1964 um de seus grandes desempenhos teatrais com Depois da queda, de Arthur Miller. Em seu artigo sobre a encenação de Flávio Rangel, o temido crítico Decio de Almeida Prado exaltou o ator e o espetáculo, “um dos mais harmoniosos que jamais vimos no teatro nacional”. Os acervos de Autran e Decio estão sob a guarda do IMS.

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Regeneração – por Rachel de Queiroz

“A Revolu­ção, esta nossa revolução de 31 de março, não pode se limitar a ser apenas o que foi até agora — um movimento armado que promoveu a derrubada dos corruptos do poder e a instalação de um governo decente e austero. Isso é apenas a pri­meira etapa.”

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O cinema em julho de 1964

Como parte da mostra Em 1964, o cinema do IMS-RJ exibirá, em julho, o filme Sol sobre a lama, de Alex Viany.

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Uma cor – por Carlos Drummond de Andrade

O cronista escreve sobre o aparecimento de meias pretas em pernas femininas, em julho de 1964.

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A eterna guerra marido x mulher

Millôr Fernandes conta, no Pif-Paf de 22 de junho de 1964, mais um episódio da guerra sem fim entre marido e mulher. Uma relação de muito veneno, do DDT ao cianureto. E a equipe da revista responde às cartas de seus leitores, coitados.

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O vendedor de gravidade – por Paulo Mendes Campos

Nesta crônica, o escritor fala sobre genialidade, citando Chaplin e Pelé, da sua vontade de descobrir a verdadeira fonte de renda ou prestígio das pessoas e do vendedor de gravidade, um tipo que realmente o impressiona.

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A caça às feiticeiras – por Rachel de Queiroz

“O problema é dificílimo. Todo o mun­do está de acordo em que o governo precisa identificar e punir os inimigos pú­blicos que estavam leiloando o Brasil a essa espécie de socialismo degenerado que se convencionou chamar “comunismo in­ternacional”; mas todo o mundo também exige que a eliminação dos focos de insur­reição se faça sem se cair no erro extre­mo da caçada cega às feiticeiras, sem se atacar essa cidadela que é o próprio cora­ção da democracia: a liberdade de pensa­mento e de palavra.”

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Pif-Paf quer saber: para onde você se inclina?

Jaguar reflete sobre a alta dos preços; Ziraldo desenha para propaganda de editora, na qual se avisa: “Se você prefere livros ruins, também temos e vendemos, embora com menos prazer”. Millôr e equipe escrevem sobre cinema e fazem um teste para saber para onde nos inclinávamos em 1964.

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O mainá – por Carlos Drummond de Andrade

O cronista comenta a morte do mainá de Garrincha, pássaro que era grande paixão do jogador, pelas mãos de sujeitos não identificados, pouco depois do golpe militar.

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Relembrando princípios – por Paulo Mendes Campos

O cronista relembra sua participação no I Congresso de Escritores, realizado em 1945 na cidade de São Paulo: “Execrar eu execrava a ditadura estado-novista; mas, se queria com muita candura a liberdade, não tinha, e não queria ter, boboca, a consciência do que isso representava para a responsabilidade de ser ho­mem e de pensar.”

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Pif-Paf analisa uma cena de duelo

Na série “Pif-Paf analisa uma piada”, a equipe da revista discute uma cena que sugere, à primeira vista, um duelo entre um atirador e um corredor, mas que poderia ser apenas uma coincidência. Traz ainda observações sobre Confúcio, psicanalistas, dentistas e apresenta uma tragédia no “Teatro Corisco”.

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A invasão britânica – por Arthur Dapieve

Foi em 1964 que os Beatles e os Rolling Stones pousaram nos Estados Unidos e se tornaram fenômenos mundiais. O quarteto de franjinhas e o quinteto de “homens das cavernas” influenciaram o som do mundo, incluindo o Brasil da Jovem Guarda e da Tropicália. Eles ainda apresentaram aos próprios americanos um gênio americano: Muddy Waters.

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O beijo dos jovens – por Carlos Drummond de Andrade

“O Dia dos Namorados, o mais prudente é não comemorá-lo este ano, ou nunca mais. Pois um senhor deputado foi à Assembleia Legislativa e apresentou projeto que institui a Polícia de Repressão aos Crimes de Ofensa ao Pudor Público. Entre esses crimes figura o beijo, colocado assim na mesma área nefanda do homicídio, do incêndio culposo, do latrocínio, da moeda falsa e de outras práticas antissociais definidas no Código Penal.”

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Do processo de Kafka – por Paulo Mendes Campos

Nesta crônica, é apresentado o caso de José K.: abordado por investigadores não identificados, o personagem é detido e processado por razões que não consegue compreender.

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Pif-Paf lança robô para presidente

Estudando o comportamento dos partidos, a ambição de glória dos intelectuais, o vivo fluir e refluir dos grupos econômicos, o Pif-Paf, de Millôr Fernandes, chegou à conclusão de que não existe a possibilidade de um presidente perfeito. Assim sendo, oferecemos a candidatura de um robô. O Brasil precisa ser governado por um cérebro eletrônico, por um controle remoto.

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A invenção inacabada – por José Carlos Avellar

Deus e o diabo na terra do sol estreou em circuito comercial em 1º de junho de 1964. Na mesma data, 50 anos depois, o IMS exibe o filme. O crítico José Carlos Avellar compara o impacto da obra-prima de Glauber Rocha ao que teve a primeira exibição de cinema, em 1895, em Paris.

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A nova revolução – por Rachel de Queiroz

“Um dos aspectos mais importantes e tranquilizadores desta revolução que veio tirar o Brasil do charco janguista é que ela não se arreceia de ser revolução mesmo. Dá aos seus chefes o título de co­mando revolucionário, proclama-se revolução sem medo da palavra e, com o Ato Institucional, como que materializou, documentou o fato concreto e assumiu abertamente todas as responsabilidades do movimento armado de libertação nacio­nal.”

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O amor acaba – por Paulo Mendes Campos

Paulo Mendes Campos reflete sobre o amor em sua crônica e diz que “[…] às vezes o amor acaba como se fora melhor nunca ter exis­tido; mas pode acabar com doçura e esperança […]”.

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Pif-paf espanta especialistas: não tem grupos econômicos por trás

Especialistas já apontam o Pif-Paf como a revista mais séria do país. Eles estão maravilhados por não descobrirem nenhum grupo econômico por trás de nós. Nem pela frente. Neste número 3, Millôr e sua equipe respondem às cartas dos curiosos leitores.

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Walter Silva: a bossa nova se muda para São Paulo – por Bia Paes Leme

Testemunha em 1962 do concerto do Carnegie Hall, em Nova York, e do lançamento de “Garota de Ipanema” no Rio, o radialista Walter Silva impulsionou o novo gênero em São Paulo com shows que abriram caminho em 1964 para Elis Regina, Chico Buarque e outros.

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Antielegia do centavo – por Carlos Drummond de Andrade

“Não chorarei a morte do centavo, que um deputado propôs e a Comissão de Justiça da Câmara aprovou. Ele teve vida curta e nunca se impôs. Nascido em 1942, e cunhado em moedas de 10, 20 e 50 – espécie de figurativismo abstrato – sua capacidade aquisitiva era tão discreta que, a bem dizer, com ele se compravam apenas aborrecimentos.”

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Despertando “Quintanares”: 20 anos da morte de Mario Quintana

Questionado pela falta de matéria política em sua poesia, Mario Quintana acreditava que o verdadeiro engajamento do artista era o engajamento poético. Leia uma crônica do poeta, publicada pouco antes do golpe, em que fala sobre a necessidade de despertar o leitor. O texto faz parte do Arquivo Mario Quintana, sob a guarda do IMS.

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A lista – por Carlos Drummond de Andrade

“– Como é, o seu nome está na lista?
– Claro, e com muita honra. Na lista dos que lutam por um Brasil melhor.
– Não é essa. A outra.
– Que outra?
– A nova lista de cassação de mandatos e de direitos políticos.”

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Pif-Paf explica a revolução

Em sua 3ª edição, a equipe da revista faz um resumo dos últimos acontecimentos, define a mulher jovem e comenta uma decisão da suprema corte americana. Informa também que o resultado da promoção “Quinhentos contos por uma piada” sairia no 10º número do Pif-Paf, se Deus e o Ato Institucional permitissem (e não permitiram).

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O cinema em maio de 1964

No cinema do IMS, a Mostra Em 1964 exibe, em maio: Vidas secas, de Nelson Pereira dos Santos, e O leopardo, de Luchino Visconti.

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Dos bens imponderáveis – por Carlos Drummond de Andrade

“Eis que termina o prazo para declaração de ren­dimentos e bens, e ainda uma vez, de esferográfica no ar, o cronista se interroga, antes de preencher o formulário hieroglífico adquirido na papelaria: que são bens? que são rendimentos?”

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Hélio Oiticica e a ditadura militar no Brasil – por Michael Asbury

O golpe militar e a morte do pai foram dois desastres que marcaram Oiticica em 1964. Compreendendo sua ética e sua estética, não é contraditório que tenha sido o seu ano mais libertador, com a invenção dos parangolés e as incursões na Mangueira.

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Lavoro – por Rachel de Queiroz

“Nas horas de crise, quando se varam noites inteiras em vigília cívica, junto ao telefone e ao rádio, esperando o estado de sítio, a proclamação dos generais, a prisão do líder, não há como um bom tricô para acalmar os nervos enquanto se espera, ou para ritmar a voz dos locuto­res, enquanto se escuta.”

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Lições financeiras e de bons modos no Pif-Paf

“Dinheiro não é tudo. Tudo é a falta de dinheiro”, ensinam Millôr Fernandes e a equipe do Pif-Paf no nº 2 da revista que marcou 1964. Saiba também como um escoteiro ajudou um velhinho soltando seu cachorro atrás do idoso.

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O cinema em abril de 1964

No cinema do IMS, a Mostra Em 1964 exibe, em abril: Noites de circo, de Ingmar Bergman, Electra, a vingadora, de Michael Cacoyannis, e Lawrence da Arábia, de David Lean.

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Golpe de vista – 1964 sob a perspectiva de Clarice e Otto

Em palestra no IMS-RJ, o crítico literário Augusto Massi traça paralelo entre “O braço direito”, de Otto Lara Resende, e “A paixão segundo G.H.”, de Clarice Lispector, publicados em 1964 sob o pano de fundo do golpe militar.

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Medo de avião – por Paulo Mendes Campos

“Escrevia tranquilamente a reportagem do eclipse, quando, de repente, não mais que de repente, o avião caiu e eu subi.”

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Hora de provar – por Carlos Drummond de Andrade

“É com tristeza misturada a horror que, ao longo da vida, tenho presenciado generais depondo presidentes, por piores que estes fossem. Será que jamais aprenderemos a existir politicamente? Não haverá jeito para o Brasil? “

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Lembranças de Coutinho e do ‘Cabra’

O lançamento do DVD de “Cabra marcado para morrer” foi pontuado por amigos recordando o cineasta Eduardo Coutinho, assassinado pelo filho em 2 de fevereiro. O fato trágico apareceu na conversa entre o diretor, editor e crítico Eduardo Escorel e o produtor e diretor Zelito Viana, com mediação de José Carlos Avellar, coordenador de cinema do IMS. Assista ao vídeo do evento.

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Palavra e silêncio – por Paulo Mendes Campos

“De minha parte sustento, por exemplo, que deviam existir conventos leigos, subvencionados pelo estado, onde a gente pudesse curar-se da sufocante atmosfera de palavras em que vive.”

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Pif-Paf explica uma piada de ilha deserta

O casal que discute a relação numa ilha deserta é um grande mote para anedotas. Na série “Pif-Paf analiza uma piada”, a equipe da revista mostra como, sob aparência selvagem, o homem do cartum é um intelectual, um ser de sangue frio. Talvez um humorista.

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O golpe, hora a hora

Para relembrar o passo a passo do golpe de estado que derrubou o governo de João Goulart e instalou a ditadura militar no Brasil em 1964, o perfil do IMS no Twitter reproduziu, na sequência original, os fatos mais importantes de 31 de março e 1º de abril de 1964, dois dias que mudaram a história do Brasil.

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Rachel e o golpe – por Isabel Lustosa

A escritora Rachel de Queiroz colaborou intensamente com o golpe de 1964 e contava isto sem constrangimento. Isabel Lustosa escreve sobre a entrevista que a escritora concedeu a ela em 1993, repleta de revelações sobre a cena política da época, faz um paralelo com a situação política atual e menciona possibilidades de estudos sobre o golpe de 1964.

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Uma loja – por Carlos Drummond de Andrade

“As lojas tradicionais são um pouco propriedade de seus clientes e até dos indivíduos que nunca puseram nelas os pés mas sentiram sua influência na vida urbana. As lojas apenas? Tudo.”

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A perseguição a João Alexandre Barbosa – por Ana Mae Barbosa

Perseguido pela ditadura militar já em 1964, João Alexandre Barbosa (1937-2006) viria a ser professor titular de literatura na Universidade de São Paulo, além de ter mudado o panorama editorial brasileiro com sua atuação à frente da Edusp. Em depoimento para o site “Em 1964”, Ana Mae, esposa de João Alexandre, fala sobre o impacto da ditadura, amigos presos, vizinhos delatores, invasão da polícia e dos militares a sua casa, mudanças e o apoio de Antonio Candido, José Mindlin, Roberto Schwarz e Augusto de Campos.

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Seminário 1964 – 50 anos depois

O Instituto Moreira Salles transmite ao vivo na internet, com exclusividade, o seminário 1964: 50 anos depois, realizado no Sesc Consolação, em São Paulo, pelo Cebrap (Centro Brasileiro de Análise …

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Dar um jeitinho – por Paulo Mendes Campos

“Adiar no Brasil é um clima. Não é pos­sível evitá-lo. Não há nada a fazer quanto a isso”, escreveu o inglês Peter Fleming em 1933 sobre a tradição nacional da procrastinação.

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A prisão de Claudius no Pif-Paf

A equipe do Pif-Paf estava preparando as regras do Jogo da Democracia quando foi informada da prisão de um de seus colaboradores, Claudius, motivada pelo cartum publicado no primeiro número da revista. “Acabam de prender também um humorista. Só mesmo a nossa pretensiosa classe não tinha seu mártir.”

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Brasileiro, homem do amanhã – por Paulo Mendes Campos

“Constituindo as colu­nas da brasilidade, as duas constantes, como todos sabem, são: 1) a capacidade de dar um jeito; 2) a capacidade de adiar. O brasileiro adia; logo existe.”

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Chico & Caetano em 64: preparados para decolar – por Tárik de Souza

Chico Buarque, nos festivais universitários de São Paulo e na composição que considera o início oficial de sua carreira (“Tem mais samba”), e Caetano Veloso, no espetáculo “Nós, por exemplo” ao lado de Gil, Gal e Bethânia, deram em 1964 os primeiros passos rumo aos papéis de protagonistas da música brasileira.

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Veranico – por Carlos Drummond de Andrade

“João Goulart resolveu se transferir para o Museu da República. Altas conveniências táticas, talvez: sendo o mu­seu uma casa de cultura, ali quedará a salvo da maioria de seus cumpinchas e poderá fazer aquilo que todos desejaríamos que ele fizesse, ao menos nos domingos, e que ain­da não teve jeito de começar: presidir.”

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Cartilha para o povo no Pif-Paf

Millôr Fernandes se esforça no PIf-Paf para educar o povo, algo que os militares queriam muito em 1964. E Emanuel Vão Gogo, uma das mais famosas criações de Millôr, apresenta o seu “Alfabeto concreto”.

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A Caravana Farkas – por Sergio Burgi

Thomaz Farkas deu início em 1964 à produção de quatro documentários fundamentais na cinematografia brasileira. Um deles é Viramundo, sobre a chegada de milhares de migrantes nordestinos a São Paulo. As fotografias feitas por Farkas durante as filmagens ampliam a compreensão do assunto e do país.

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As dez mais vips do morro – por Paulo Mendes Campos

Teodoro Enguiço, colunista social dos morros cariocas, apresenta suas eleitas na crônica de Paulo Mendes Campos: Rosinha Boca de Fogo (“Entrou mais homem na sua casa do que no Pronto-Socorro”), Clarimunda Brasil (“Ninguém recebe um espírito tão bem feito ela”), Maria Filha de Maria (“Não olha nem pra cachorro macho”) e outras.

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Pif-Paf analisa uma caricatura

Textos de Millôr Fernandes e o desenho de Claudius que irritou os militares já no início da ditadura estão nas páginas do Pif Paf que Em 1964 recorda em sua segunda visita ao acervo de Millôr.

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A paixão segundo G.H. – Impressões da crítica

A própria Clarice Lispector afirmava ser o seu melhor livro. A paixão segundo G.H. foi um dos principais lançamentos literários brasileiros em 1964 e sua importância só fez crescer com o passar dos anos. Reunidas aqui, algumas primeiras impressões publicadas na imprensa registram esse impacto. Houve também quem não gostasse.

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Opinião, 50 anos depois

Assista ao vídeo integral da recriação do histórico show Opinião. Promovido pelo IMS, o evento trouxe Joyce e Casuarina apresentando sua versão do espetáculo 50 anos após a estreia em 1964.

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Lotação – por Carlos Drummond de Andrade

Publicada em fevereiro de 64, a crônica de Drummond conta história de um atormentado motorista e os mil cruzeiros que ele perdeu (ou quase perdeu).

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Zicartola – por Hermínio Bello de Carvalho

O poeta e produtor que foi um dos responsáveis pelo Zicartola recorda as histórias da casa de samba que começou a ganhar fama no verão de 1964 e a se tornar um agitado centro cultural e político.

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A cidade sitiada – por Rachel de Queiroz

A vantagem destas agruras, por que estamos passando os cariocas, é que, chegando o tempo de guerra de verdade, ninguém mais estranha. Vamos adquirindo a resistência es­partana dos habitantes de …

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Primeiro Pif-Paf – Millôr Fernandes

Em 21 de maio de 1964, Millôr Fernandes lançou Pif-Paf, versão ampliada e em formato revista da seção homônima que manteve até o ano anterior em O Cruzeiro. Ele, Claudius, Fortuna, Jaguar, Ziraldo e outros publicaram oito números em 1964, até que a perseguição da incipiente ditadura militar os fez desistir.

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Opiniões sobre o Opinião – por José Ramos Tinhorão, Sérgio Porto e Sérgio Cabral

Duas semanas após a estreia do show, em dezembro de 1964, José Ramos Tinhorão publicou artigo atacando Opinião, que representaria, sobretudo na figura de Nara Leão, a “apropriação da cultura popular pela classe média sem cultura própria”. No domingo seguinte, Sérgio Porto e Sérgio Cabral responderam. Veja como foi a polêmica.

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Um novo Opinião 50 anos depois

Convidados pelo IMS para reconstruir o show Opinião 50 anos depois, Joyce Moreno e o grupo Casuarina tiveram total liberdade para criar um roteiro próprio, para um show único, longe de querer ser uma cópia. A apresentação no IMS-RJ é no dia 8/2, às 19h.

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Um ano em uma sala

A exposição Em 1964, no IMS-RJ, propõe uma imersão na vida cultural daquele ano marcante tendo como base principal os acervos do IMS. Clarice Lispector, Baden Powell, Thomaz Farkas, Otto Lara Resende, seus livros, suas cartas, suas músicas, suas fotos compõem uma experiência única, combinando política, costumes e, claro, arte.

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O braço direito, um livro cult – por Ana Miranda

A escritora, que trabalhou na versão final da obra em 1993, analisa o único romance de Otto Lara Resende, livro que “pode ser lido pelo viés do sentimento e pelo da razão”. Para ela, há na narrativa “um labirinto sem saída, um horizonte sinuoso, intransponível”. Mas também há “uma linha contínua de graça, senso de humor, enlevo”.

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Brasília, 1964, com Jorge Bodanzky

Ainda distante de se tornar um importante fotógrafo e cineasta, Bodanzky, iniciando o curso de arquitetura na UnB, registrou em imagens o impacto da notícia do golpe militar sobre os estudantes e a reação das passeatas. Ele relembra em vídeo aquele momento.

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Carta – por Carlos Drummond de Andrade

“Não cresci, em comparação com o senhor. Tenho a idade que o senhor tinha quando me parecia velho — velho feito de baraúna e nervos, mas em todo caso velho. E sinto que não alcançarei nunca sua dimensão. Parou o tempo de crescer; muitos outros tempos pararam, nós mesmos estamos parados um diante do outro.”

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Os olhos de Eisenstein – por José Carlos Avellar

A estreia no Brasil de Ivan, o Terrível – parte 2 em fevereiro de 1964 foi contaminada pelos debates acirrados entre direita e esquerda, por conta das turbulências do governo João Goulart, que seria deposto em 31 de março pelo golpe militar. José Carlos Avellar analisa o filme e seu impacto no país.

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Em janeiro de 1964 – por José Carlos Avellar

O crítico recorda como era o panorama do cinema no Brasil da virada de 1963 para 1964, incluindo a passagem de Brigitte Bardot, com paparazzi em seu encalço. Ele destaca dois filmes que estrearam em janeiro, cada um chamativo a seu modo: Cleópatra e Harakiri.

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Fim de ano triste (31/12/64)

“O ano termina com 20 mortos (nove suicídios) e 203 casos de denúncia de torturas” GASPARI, Elio. A ditadura envergonhada. São Paulo: Cia das Letras, 2002. p. 382.

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Criação do Banco Central (31/12/64)

Instituição da “Lei nº 4.595, criando o Banco Central do Brasil, autarquia federal integrante do Sistema Financeiro Nacional (SFN), que iniciou suas atividades em março de 1965“.

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IV Centenário do Rio (31/12/64)

O presidente Castello Branco abre os festejos do IV Centenário da cidade do Rio de Janeiro, ao lado do Governador Carlos Lacerda. O presidente irá descer de helicóptero às 9h30 …

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77 mil carros no Rio (27/12/64)

Em 1964, circulavam 77 mil veículos particulares pela cidade do Rio de Janeiro, segundo dados do Departamento de Trânsito da Guanabara. Hoje, graças ao incentivo federal ao longo dos últimos …

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Aprovada construção da Cidade de Deus (20/12/64)

Aprovado no final de 1964, o projeto ficou pronto parcialmente em 1966. As chuvas daquele ano mataram pelo menos 100 pessoas e deixaram 20 mil desabrigados. O prefeito do Rio …

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Campeonato Brasileiro de Futebol (19/12/64)

A decisão do campeonato nacional organizado pela CBD em duas fases ficou entre Flamengo e Santos. O primeiro jogo no Pacaembu, em 16 de dezembro, terminou em Santos 4 x …

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Fim dos centavos (2/12/64)

“Depois dos gordos empréstimos concedidos pelos Estados Unidos em dezembro, num total que em 1965 poderá chegar a 1 bilhão de dólares, o sr. Roberto Campos anunciou que estava ganhando …

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Intervenção federal em Goiás (26/11/64)

Apesar do apoio ao golpe, o governador de Goiás, Mauro Borges, estava sendo pressionado a trocar três secretários, acusados de comunismo. Com a recusa do governador, foi criado um Inquérito …

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Proibição de atividade política estudantil (9/11/64)

“Sancionada a Lei nº 4.464 (Lei Suplicy) proibindo atividades políticas estudantis”. FICO, Carlos. Além do golpe: versões e controvérsias sobre 1964 e a Ditadura Militar. Rio de Janeiro: Record, 2012. …

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Golpe militar na Bolívia (4/11/64)

O vice-presidente boliviano, Rene Barrientos, comanda o golpe contra o presidente Paz Estensoro.  No Brasil, Castello Branco promete eleições livres em 1966.

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Eleições presidenciais nos EUA (3/11/64)

“Lyndon Johnson é o 36º presidente dos Estados Unidos. Sua vitória foi avassaladora, derrubando redutos republicanos tradicionais como Maine e Vermont”. Apurados apenas 40 dos 51 estados, o democrata já …

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Prêmio Jabuti (1/11/64)

“A Câmara Brasileira do Livro distribuiu a relação de autores que irá premiar este ano nos vários ramos da atividade artística e cultural, fazendo jus ao  tradicional troféu Jabuti. Florestan …

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Fim da UNE (27/10/64)

“Declarada a extinção da União Nacional dos Estudantes (UNE)”. FICO, Carlos. Além do golpe: versões e controvérsias sobre 1964 e a Ditadura Militar. Rio de Janeiro: Record, 2012. p. 210.

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Cidade Maravilhosa (27/10/64)

A marchinha Cidade maravilhosa, de André Filh,  vira hino oficial do estado da Guanabara pela lei Lei no 488.

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Casamento de Dona Zica e Cartola (24/10/64)

O compositor Cartola casou-se com Zica na Igreja Sagrado Coração de Jesus, no Rio, após um noivado de 12 anos. Foi um ano especial na vida do cantor, que além …

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Jogos Olímpicos de Tóquio (24/10/64)

Realizados entre 10 e 24 de outubro em Tóquio, no Japão, em plena Guerra Fria. Os países com maior número de medalhas foram os Estados Unidos (36 de ouro, 26 …

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Prêmio Nobel (14/10/64)

Martin Luther King ganhou o prêmio Nobel da Paz por seu ativismo político em favor dos direitos civis e da justiça social. Em abril de 1968, seria assassinado em Memphis. …

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De Gaulle no Brasil (13/10/64)

“O Brasil não é um país sério” é a frase mais famosa, porém nunca dita, do presidente De Gaulle em sua visita ao Brasil. Recepcionado pelo general Castello Branco, o …

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Caduca artigo punitivo do AI-1 (9/10/64)

“Caduca o artigo punitivo do Ato Institucional. Foram atingidas 4454 pessoas. Delas, 2757 eram militares”. GASPARI, Elio. A ditadura envergonhada. São Paulo: Companhia das Letras, 2002. p. 382.

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Morre Cara de Cavalo (3/10/64)

“O bandido Cara de Cavalo, assassino do detetive Milton Le Cocq de Oliveira, foi morto ontem com 52 tiros, numa casa (…) em Cabo Frio, os moradores disseram à polícia …

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Parangolé de Hélio Oiticica (18/9/64)

“Hélio Oiticica anda entusiasmado com a sua nova criação: um penetrável Parangolé que está construindo. Trata-se de uma verdadeira revolução dentro da sua experiência de pintura no espaço tridimensional, já …

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Missão Geisel (setembro de 1964)

“Ernesto Geisel, chefe da Casa Militar da Presidência da República, apura denúncias de tortura”. FICO, Carlos. Além do golpe: versões e controvérsias sobre 1964 e a Ditadura Militar. Rio de …

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Festival de Veneza (10/9/64)

“Termina o 25º Festival de Cinema de Veneza com a vitória de O dilema de uma vida, de Michelangelo Antonioni. O Prêmio do Júri é dividido entre Hamlet, de Grigori …

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Comemorações do Dia da Pátria (7/9/64)

No tradicional desfile das forças armadas na avenida Presidente Vargas em comemoração ao dia da Independência, o Ministro da Guerra, general Costa e Silva, faz apelo contra a divisão que …

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Morre Santiago Dantas (6/9/64)

“Poucos dias antes de morrer, preocupado com os desdobramentos da  crise política decorrente do movimento de 1º de abril, o deputado convocou um grupo de jornalistas à sua residência aos …

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Eleições presidenciais no Chile (4/9/64)

Eduardo Frei Montalva, candidato pelo Partido Democrata Cristão, foi eleito o novo presidente chileno por maioria absoluta, vencendo o socialista Salvador Allende. “O que está em jogo é o cobre, …

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Prisão de guerrilheiros (2/9/64)

Adhemar de Barros anuncia a prisão de doze guerrilheiros, a maioria estudantes, na região do ABC paulista e na fronteira com o estado do Paraná.

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Correio da Manhã em campanha contra tortura (1/9/64)

O Correio da Manhã começou a denunciar a violência do regime militar um mês após o golpe. No início de setembro o assunto estava em editoriais, colunas e manchetes: “Estará …

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Governo não cogita sítio ou fechamento do Congresso (31/8/64)

Uma semana após a leitura do manifesto do ex-presidente João Goulart, o governo diz que não cogita o estado de sítio ou o fechamento do Congresso. O Globo, 31 de …

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Censura de Sete dias de maio (28/8/64)

“A Censura Federal proíbe a exibição em São Paulo do filme Sete dias de maio, com Kirk Douglas e Burt Lancaster, sobre um fictício golpe militar nos Estados Unidos, alegando …

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Manifesto de João Goulart (24/8/64)

“Em longo manifesto datado de Montevidéu e lido na tribuna da Câmara ontem, pelo o deputado Doutel de Andrade, o ex-presidente João Goulart afirma que decidiu deixar o silêncio a …

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Criação do BNH (21/8/64)

Criado o Banco Nacional de Habitação, que fazia parte do Plano Habitacional do governo: “Institui a correção monetária nos contratos imobiliários de interesse social, o sistema financeiro para aquisição da …

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Casa de Ênio Silveira invadida (7/8/64)

“A casa do editor Ênio Silveira, da Civilização Brasileira, é invadida por um tenente-coronel em busca de ‘material subversivo’. Uma fita com gravações das sinfonias de Brahms é um dos …

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Plano de Ação Econômica do Governo (agosto de 1964)

“Chega ao Congresso o PAEG – Plano de Ação Econômica do Governo. Seu principal objetivo é derrubar a inflação”. GASPARI, Elio. A ditadura envergonhada. São Paulo: Companhia das Letras, 2002. …

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Miss Universo (1/8/64)

“Kyriaki Tsopei, manequim de 20 anos de Atenas, foi a eleita Miss Universo 1964 e recebeu um prêmio de 7,5 mil dólares, juntamente com a coroa da beleza mundial que …

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Missão Lua (31/7/64)

“O veiculo espacial Ranger 7 completou com absoluto sucesso sua missão exploratória da superfície lunar, enviando à estação rastreadora Goldstone, na Califórnia, mais de quatro mil fotografias da Lua. O …

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Prorrogado mandato de Castello Branco (22/7/64)

“Prorrogado o mandato do marechal Castello Branco até 15 de março de 1967, sendo adiadas as eleições presidenciais para outubro de 1966″. FICO, Carlos. Além do golpe: versões e controvérsias …

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Novela O desconhecido (20/7/64)

Estreia na TV Rio a novela O desconhecido (“A história do louco que fugiu do manicômio”), escrita por Nelson Rodrigues, dirigida por Sérgio Britto e Fernando Torres e estrelada pelo …

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Lacerda critica rumos do golpe (10/7/64)

Ao reassumir o governo da Guanabara, Carlos Lacerda critica os rumos do golpe e diz que apenas a eleição prevista pelo Ato Institucional poderá popularizar a “revolução”. Dias depois, Lacerda …

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Rubem Braga no JB (7/7/64)

O cronista Rubem Braga estreou sua coluna no Jornal do Brasil, onde escreveria diariamente, à exceção dos sábados. “O velho Braga tratará do dia-a-dia da cidade e do mundo, das …

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Os reis do iê-iê-iê (6/7/64)

Lançado na Inglaterra o primeiro filme dos Beatles, A hard day’s night. No Brasil, a comédia musical foi lançado em dezembro com o título Os reis do iê-iê-iê.

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Miss Brasil (4/7/64)

O concurso Miss Brasil 1964 no Maracanãzinho não teve surpresas. As três favoritas ao prêmio foram as primeira colocadas. A Miss Paraná, Ângela Vasconcelos, ficou em primeiro lugar e participou …

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Maria Esther Bueno vence Wimbledon (4/7/64)

A tenista Maria Esther Bueno conquista seu terceiro título de Wimbledon após vencer a australiana Margareth Smith por 2 sets a 1. BAHIANA, Ana Maria. Almanaque 1964. São Paulo: Companhia …

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Direitos Civis nos EUA (2/7/64)

Foi decretada a Lei dos Direitos Civis pelo presidente dos EUA, Lyndon Johnson. A medida proibia a discriminação racial em locais públicos e privados e dava poderes ao governo federal …

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Miss Guanabara (27/6/64)

“Escurinha é a tal” é o que diz o Jornal do Brasil sobre Vera Lúcia Couto, eleita Miss Guanabara. Representante do Renascença Clube, do Andaraí, Vera foi a mais aplaudida …

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Prêmio Esso (26/6/64)

A 9ª edição do Prêmio Esso de Jornalismo deu a Walter Firmo o prêmio principal pela fotorreportagem Cem dias na Amazônia de ninguém, publicada no Jornal do Brasil no ano …

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Militantes mortos pela KKK (21/6/64)

No Mississipi (EUA), os jovens James Earl Chanel, Andrew Goodman e Michael Scherer foram assassinados por membros da Klu Klux Klan. Os três eram militantes da causa dos direitos civis. …

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Criação do SNI (13/6/64)

Criado o Serviço Nacional de Informação (SNI), idealizado e dirigido pelo general Golbery. “(…) a partir do golpe, a estrutura política elaborada pelo regime militar submeterá o Executivo ao planejamento …

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Nelson Mandela condenado à prisão (12/6/64)

Em Pretória, na África do Sul, após um julgamento de nove meses, a Suprema Corte condenou Nelson Mandela à prisão perpétua sob acusação de sabotagem. Junto a ele foram julgados …

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JK cassado (8/6/64)

Castello Branco cassa o mandato de senador de Juscelino Kubitschek e suspende seus direitos políticos por dez anos. JK discursou antes no Senado, prevendo a cassação. No dia 13 de …

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Eleições municipais suspensas (2/6/64)

Em Brasília, o Tribunal Superior Eleitoral decide suspender as eleições municipais até 9 de outubro, alegando que a situação atual é “semelhante à do estado de sítio”. Enquanto isso, fontes …

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Criação da OLP (28/5/64)

“A Organização para a Libertação da Palestina (OLP) é oficialmente criada”. BAHIANA, Ana Maria. Almanaque 1964. São Paulo: Cia das Letras, 2014

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Tragédia em campo no Peru (24/5/64)

Um gol anulado no final da partida entre Peru e Argentina, realizada no Estádio Nacional, em Lima, desencadeou uma das maiores tragédias da história do futebol. Transtornado com o gol …

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Pif-Paf lançada (21/5/64)

Em 21 de maio de 1964, Millôr Fernandes lançou Pif-Paf, versão ampliada e em formato revista da seção homônima que manteve até o ano anterior na revista O Cruzeiro. Ele, …

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Ouro para o bem do Brasil (13/5/64)

Promovida pelos Diários Associados, a campanha “Ouro para o bem do Brasil” visava receber doações de peças de ouro para ajudar no progresso do país. Quem doasse joias, por exemplo, …

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Brasil rompe relações com Cuba (13/5/64)

O governo brasileiro rompeu relações diplomáticas com Cuba cinco anos após a visita oficial de Fidel Castro ao Brasil. Os laços entre os dois países só foram refeitos em junho …

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Ivon no ar (12/5/64)

Ivon Curi fazia sucesso na programação da TV Excelsior Rio. Em 1966 integrou os Adoráveis trapalhões, exibido no mesmo canal, com Wanderley Cardoso, Ted Boy Marino e Renato Aragão. Depois …

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Prisão de Carlos Marighella (9/5/64)

“A minha prisão, no dia 9 de maio, no cinema Eskye-Tijuca, revestiu-se de sensacionalismo e suspense. A polícia fez constar que eu fora preso com uma caderneta de endereços, com …

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Visita do presidente alemão (7/5/64)

O presidente da Alemanha Ocidental, Heinrich Lübke, chega a Brasília em visita oficial. No aeroporto, é recebido por autoridades militares e pelo presidente Castello Branco, que cedeu o Palácio da …

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Leonel Brizola exilado no Uruguai (6/5/64)

Com aparência cansada, o ex-deputado Leonel Brizola chegou a Montevidéu depois de um mês sem que se soubesse seu paradeiro, dizendo estar no Uruguai “de passagem”. No dia seguinte, em …

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Minissaia (maio de 1964)

A minissaia estampou as páginas da revista Vogue pela primeira vez em maio de 1964.  Desde o final dos anos 1950 as saias vinham encurtando. O estilista inglês John Bates …

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Protestos pela paz no Vietnã (2/5/64)

Os primeiros grandes protestos contra a guerra do Vietnã começam a surgir em algumas cidades americanas. Em Nova York, centenas de estudantes marcham na Times Square pela paz. “Ao mesmo …

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Vidas secas em Cannes (1/5/64)

“Em Cannes, Vidas secas recebe o Prix Cinémas d’Art et d’Essai, do júri da associação francesa de cinemas de arte, o prêmio do júri do Office Catholique Internacional du Cinéma …

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Imprensa arrependida (28/4/64)

Menos de um mês após o golpe, os primeiros sinais de dúvidas em relação ao caráter provisório do levante militar começaram a aparecer nos jornais. O editorial do Jornal do …

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Feira Mundial de Nova York (22/4/64)

As feiras mundiais de exposição surgiram na Inglaterra na metade do século XIX. Em 1964, Nova York sediou uma delas pela segunda vez: a primeira havia sido em 1939 e …

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Guerra Fria (20/4/64)

Lyndon Johnson, presidente norte-americano,  e Nikita Kruschev, primeiro-ministro da URSS, anunciaram plano para diminuir a produção de armas nucleares. Apesar do acordo, a polarização política e econômica entre leste e …

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IX Feira do Livro no Rio (18/4/64)

Inaugurada a IX Feira do Livro sob protestos de estudantes, na Cinelândia. A ausência de títulos como O Capital e outros de sociologia política foi justificada pelo presidente da Associação …

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Novela Sonho de amor (17/4/64)

A TV Rio conseguiu emplacar a novela Sonho de Amor, de Nelson Rodrigues, apesar da censura só permitir exibição de programas escritos pelo jornalista a partir das 23h. O artifício …

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Rolling Stones lançam primeiro disco (16/4/64)

“Você deixaria sua irmã namorar um rolling stone?” foi a manchete do jornal inglês de música Melody Maker em março de 1964. Brian Jones (guitarra), Keith Richards (guitarra), Mick Jagger …

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Castello Branco empossado presidente da República (15/4/64)

Quatro dias após a eleição no Congresso Nacional, onde obteve a maioria dos votos, inclusive de Juscelino Kubitschek, o general Castello Branco foi empossado na Presidência da República. Em seu …

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Fim do Pererê (abril de 1964)

A revista Pererê, de Ziraldo, pode ser considerada a primeira revista de autor brasileiro a ser publicada por uma grande editora com tiragens mensais elevadas. Foram quarenta e três edições …

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Semana do Cinema Francês no Rio (13/4/64)

Com a estreia de Os guarda-chuvas do amor e a presença do diretor Jacques Demy, da estrela Catherine Deneuve e do compositor da trilha do filme, Michel Legrand, começa no Rio …

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Cerimônia de entrega do Oscar (13/4/64)

A 37a entrega do Oscar da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, em Los Angeles, teve Jack Lemmon como apresentador. Sidney Poitier foi o primeiro ator negro a ganhar a …

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AI-1 (9/4/64)

O decreto do Ato Institucional “confere ao presidente da República poderes para cassar mandatos eletivos e suspender direitos políticos até 15 de junho de 1964, dentre outros poderes discricionários”. “Em …

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Folha de S. Paulo censurada (5/4/64)

O governador de São Paulo, Ademar de Barros, censurou o jornal Folha de S. Paulo por publicar uma entrevista com João Goulart. No lugar da matéria entraram fotografias de elefantes, …

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João Goulart no Uruguai (4/4/64)

João Goulart chegou a Montevidéu um dia após sua mulher Maria Thereza e seus filhos. Segundo matéria do Jornal do Brasil, desde o dia anterior registrou-se “comoção” no Uruguai com …

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EUA reconhecem governo brasileiro (3/4/64)

Apesar do paradeiro de João Goulart ser incerto, o governo dos EUA se antecipa e manda mensagem de felicitações a Mazzini, já empossado. Lyndon Johnson desejava “calorosos votos de felicidade” …

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Marcha da Vitória (2/4/64)

Previamente marcada para 2 de abril, a Marcha da Família com Deus pela Liberdade, no Rio de Janeiro, levou às ruas cerca de 1 milhão de pessoas, segundo os jornais. …

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Tortura de Gregório Bezerra (2/4/64)

Em Pernambuco, o comunista Gregório Bezerra é uma das primeiras vítimas de tortura pós golpe. Após ser arrastado por um jipe pelas ruas de Recife e ser espancado em praça …

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Comando Supremo da Revolução (2/4/64)

“O  general Costa e Silva enviou uma notificação a todos os comandos militares informando-os que, em virtude de ser o membro do Alto Comando mais antigo, assumia o comando do …

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Jango segue de Brasília para Porto Alegre (2/4/64)

João Goulart segue de Brasília para Porto Alegre. De lá, sairia do Brasil. FICO, Carlos. Além do golpe: versões e controvérsias sobre 1964 e a Ditadura Militar. Rio de Janeiro: …

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Operação Brother Sam (2/4/64)

Desde o governo Kennedy, os norte-americanos se preocupavam com as ações de João Goulart, temendo a aproximação brasileira de ideais esquerdistas e, portanto, apoiavam os opositores de Jango. A Brother …

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Vaga a Presidência da República (2/4/64)

Em  sessão iniciada na madrugada do dia 2 de abril, o presidente do Senado, Auro Soares de Moura, lê um ofício que declara o Presidente da Câmara dos Deputados, Ranieri …

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Jango segue do Rio para Brasília (1/4/64)

João Goulart decide ir para Brasília seguindo o conselho do general Morais Âncora. “Isso aqui está se transformando numa armadilha”, teria dito ao seu assessor de imprensa Raul Ryff, que …

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Golpe militar (31/3/64)

“Tenho o orgulho de ter desconfiado desse 31 de março, ou 1º de abril de 64, desde o primeiro momento. E a partir daí – apesar de não ser militante …

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Basta! (31/3/64)

“Até que o ponto o presidente da República abusará da paciência da nação?”, perguntava o editorial intitulado Basta! na capa do Correio da Manhã de 31 de março de 1964. Esse …

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Discurso de Jango no Automóvel Clube (30/3/64)

“João Goulart faz discurso denunciando críticas ao seu governo durante festa dos sargentos da PM” na sede do Automóvel Clube, no Rio de Janeiro. FICO, Carlos. Além do golpe: versões …

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Revolta dos marinheiros e fuzileiros navais (25/3/64)

A associação dos marinheiros e fuzileiros navais, reunidos no Sindicato dos Metalúrgicos, iniciou um motim exigindo melhor tratamento de seus superiores. Havia suspeitas de que o cabo Anselmo, presidente da …

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Circular reservada de Castello Branco contra Jango (20/3/64)

“O chefe do Estado-Maior do Exército, general Castello Branco, divulga circular reservada entre seus subordinados contra João Goulart”. FICO, Carlos. Além do golpe: versões e controvérsias sobre 1964 e a …

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Marcha da Família com Deus pela Liberdade (19/3/64)

Reuniram- se em São Paulo aproximadamente 500 mil pessoas  mobilizadas contra a política reformista de Goulart e contra o comunismo. A praça da Sé ficou tomada e nas escadarias da …

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Lançamento do Simca 1964 (18/3/64)

O novo modelo do Simca, “um dos maiores mistérios da história da indústria automobilística brasileira”, foi lançado. Era um modelo “inteiramente diferente”, com potência de 105 HP. Jornal do Brasil, …

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Entrevista de Dutra (18/3/64)

Em entrevista exclusiva ao Jornal do Brasil, o ex-presidente Eurico Gaspar Dutra pedia que “se unam os democratas enquanto é tempo. (…) O respeito à Constituição é palavra de ordem …

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Equipe JB/AJB

Comício da Central (13/3/64)

“Em comício no Rio de Janeiro, com a presença de 300 mil pessoas, Goulart preconiza a realização de reformas de base”. Antes de seguir para o palanque na Central do …

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Isolamento político de Jango (12/3/64)

“A presença de Miguel Arraes e Leonel Brizola no comício das reformas é uma incógnita: o governador de Pernambuco só participará se o ex-governador gaúcho for chamado a falar, mas …

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Chipre (Queensland Police Museum)

Conflito no Chipre (11/3/64)

O conflito entre turcos e gregos na ilha de Chipre, no Mediterrâneo, intensifica-se e a Turquia ameaça invadir caso a ONU não envie tropas para garantir a paz no país. …

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Sucesso de Garota de Ipanema nos EUA (março de 1964)

“Em março, consolidava-se nos EUA o sucesso da música Garota de Ipanema de Tom e Vinícius que chegava ao primeiro posto do hit parade americano revelando uma cantora também brasileira, …

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Jango anuncia plano para sanear finanças (9/3/64)

O presidente João Goulart anunciou pelo rádio as “linhas básicas da política econômico-financeira que o governo seguirá no período que lhe resta, para combater a inflação, subordinando a execução das …

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Lacerda pede falência do BB (6/3/64)

Carlos Lacerda, então governador da Guanabara, solicitou ao Judiciário a falência do Banco do Brasil, por incapacidade financeira para resgatar um cheque de 400 milhões para pagamento de sistema de …

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Cabelos da moda (5/3/64)

Os cabelos volumosos foram um marco dos anos 1960.

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Lançamento da Barsa (5/3/64)

A enciclopédia Barsa é o primeiro empreendimento editorial da Britânica no Brasil. Foram cinco anos de trabalho, com colaboração de 300 intelectuais brasileiros, autores dos verbetes e artigos especializados, para …

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Pequeno Dicionário do Verão Carioca (1/3/64)

O Pequeno Dicionário do Verão Carioca, de Yllen Kerr, dá pistas sobre o ano de 1964: a galeria Felipe Gebara (ou Dezon para os íntimos) reunia um “grupo caracterizado pela …

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Guerra do Vietnã (29/2/64)

“O presidente Lyndon Johnson decidiu ontem, depois da grande derrota infligida pelos comunistas do Vietcongue às tropas anticomunistas do Vietnã do sul, nomear o Almirante Ulisses G. Sharp comandante-chefe das …

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Brizola e o risco do golpe de direita (28/2/64)

“O recrudescimento da conspiração de direita foi assinalado sexta-feira pelo deputado Leonel Brizola no seu comparecimento semanal à Rádio Mayrink Veiga, para dar sentido de urgência ao apelo nacional que …

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42 anos de Paulo Mendes Campos (28/2/64)

Em entrevista ao Jornal do Brasil sobre seus 42 anos, Paulo Mendes Campos afirmou ter três paixões – a literatura, o lar e o futebol. Declarou também que seu aniversário …

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Cassius Clay vence Sonny Liston (25/2/64)

Em Miami, Cassius Clay foi campeão dos pesos-pesados ao derrubar Sonny Liston no oitavo round. Cassius se converteu ao islamismo e mudou seu nome para Muhammad Ali no mesmo ano.

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Enterro de Ary Barroso (Arquivo / Agência O Globo)

Morte de Ary Barroso (9/2/64)

Ary Barroso havia sido internado no final de 1963 por conta de uma cirrose hepática. O enredo da Império Serrano foi Aquarela brasileira, com samba de Silas de Oliveira. “Ari …

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Carnaval carioca de 1964

O baile do Copacabana Palace era o evento tradicional de abertura dos grandes bailes fechados da cidade. A festa reuniu quatro mil pessoas em um cenário de ruas e praças …

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Beatles nos EUA (7/2/64)

Mais de um ano havia se passado desde que os Beatles tinham estourado na Inglaterra. Ao chegarem em Nova York, foram recebidos por quase dez mil fãs à beira da …

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Encontro aberto entre Jango e Prestes (6/2/64)

“O sr. Luís Carlos Prestes, como não se ignora nos meios políticos, vem de outros longos contatos com o Presidente da República, e também não é segredo que dos grupos …

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Programa mínimo de San Tiago Dantas (4/2/64)

Os jornais anunciavam que San Tiago Dantas havia entregue ao presidente João Goulart o que considerava ser o Programa Mínimo do governo, que se dividia em três partes: a primeira,  …

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IPES (2/2/1964)

O Instituto de Pesquisas e Estudos Sociais (IPES) começou suas atividades poucos meses depois da campanha da Legalidade, em 1961, e teve excelente receptividades dos principais jornais do país. Oficialmente …

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Cabo Frio (1/2/64)

Cabo Frio era a Saint Tropez brasileira, segundo os jornais da época. Fátima e João de Orleans e Bragança, Lourdes e Beti Farias e Candinha e Joaquim Guilherme da Silveira …

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Reforma agrária (30/1/64)

“Uma pesquisa feita em oito capitais mostra que 72% dos brasileiros acham necessária a reforma agrária”. GASPARI, Elio. A ditadura envergonhada. São Paulo: Companhia das Letras, 2002. p. 382.

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Dr. Fantástico (29/1/64)

Dr. Fantástico (Dr. Strangelove: How I Learned to Stop Worrying and Love the Bomb), de Stanley Kubrick, foi lançado nos Estados Unidos e Inglaterra. Kubrick escreveu o roteiro em parceria …

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Nara Leão (25/1/64)

“Nara cumpre uma temporada de shows da boate Bottle’s, no Beco das Garrafas, ao lado do Bossa Trio (Dom Um Romão na bateria, Gusmão no baixo e Carlinhos no piano) …

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(Arquivo / Agência O Globo)

Remoção de favelas (20/1/64)

“A última das 887 famílias da Zona Sul do Morro do Pasmado foi transferida ontem para a Vila Kennedy, em Bangu. A parte norte do morro que será ajardinada para …

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Surfing (17/1/64)

O surfe estava chegando ao Brasil em 1964. Era chamado de surfing e a prancha, de tábua. As primeiras matérias começaram a aparecer nos jornais e revistas em janeiro: “Aqui …

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Lei de Remessa de Lucros (17/1/64)

“João Goulart sanciona a nova lei de remessa de lucros aprovada pelo Congresso”, que limitava o envio do lucro de empresas multinacionais para o exterior. A maior parte dos ganhos …

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Anúncio do comício da Central (15/1/64)

“Está programada para o mês de março próximo uma marche aux flambeaux de 100 mil trabalhadores, que poderão dirigir-se tanto para o Palácio das Laranjeiras como para o Palácio da …

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(Acervo CPDoc JB)

Prévias eleitorais (15/1/64)

“Os senhores Carlos Lacerda e Amaral Neto foram os vencedores respectivamente para Presidente da República e Governador da Guanabara na prévia eleitoral realizada na tarde de ontem, pelo Instituto de …

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Greves (14/1/64)

“Greve da Light deixa a Guanabara sem gás” foi a manchete do Jornal do Brasil em 15 de janeiro. O Grupo Light era responsável pela distribuição de gás, de energia, …

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The times they are a-changin’, Bob Dylan (13/1/64)

Lançado nos Estados Unidos o terceiro álbum de Bob Dylan, The times they are a-changin‘.

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Desquite (9/1/64)

Em 1964 não havia divórcio no Brasil. A lei que regulamenta a dissolução do casamento (nº 6.515/77) só entrou em vigor em 1977. Os casais podiam se desquitar, o que …

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Brigitte Bardot visita o Rio de Janeiro pela primeira vez (7/1/64)

Brigitte Bardot desembarcou no Rio de Janeiro para uma temporada de alguns meses ao lado do namorado brasileiro Bob Zagury. Tentou fugir dos paparazzi, mas acabou desistindo e marcando uma …

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Revista Senhor (janeiro de 1964)

Circulou a última edição da revista Senhor (nº 59), após cinco anos do lançamento em janeiro de 1959. Criada pelo jornalista Nahum Sirotsky, “(…) nada podia parecer tão moderno e …

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Réveillon no Copacabana Palace (31/12/63)

“Cerca de duas mil pessoas lotaram os seis salões do Copacabana Palace no baile do réveillon que terminou quase de manhã e que muitos consideram ter sido mais animado que …

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Mensagem de Jango em A Voz do Brasil (31/12/63)

“‘A qualquer preço e contra quaisquer obstáculos, a nação será atendida em seus inadiáveis reclamos de desenvolvimento e de justiça social’, afirmou o presidente João Goulart em sua mensagem ao …

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Inflação de 1963

O ano de 1963 fechou com inflação de 74,5%, de acordo com o Índice Geral de Preços (IGP). A população era de pouco mais de 78 milhões de habitantes mal …

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