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Carnaval carioca de 1964

Carnaval 1964

O baile do Copacabana Palace era o evento tradicional de abertura dos grandes bailes fechados da cidade. A festa reuniu quatro mil pessoas em um cenário de ruas e praças do Rio antigo, criado pelo decorador Júlio Sena, cenógrafo predileto da high society. Clovis Bornay venceu o concurso de fantasias com o seu Marajá da Índia, rei de Kamakura.

Tão concorrido e luxuoso quanto o do Copacabana era o baile de gala do Theatro Municipal, sempre na segunda-feira de Carnaval. Em 1964, a organização do evento programou quatro orquestras, duas para o palco e duas para o balcão nobre.

O desfile das escolas de samba do Grupo 1 de 1964 começou em clima de euforia entre os Salgueirenses. No ano anterior, a Academia de Samba finalmente havia encerrado a era Mangueira-Portela-Império Serrano como campeã do carnaval com o enredo sobre Chica da Silva. Em 1964, o desfile voltou a ser realizado na Avenida Presidente Vargas no trecho entre a Rio Branco (onde as escolas desfilavam desde 1957) e rua Regente Feijó, sendo a concentração na praça Pio X, na Candelária.

Portela foi a campeã, com o enredo O segundo casamento de D. Pedro II (59 pontos). Salgueiro ficou em segundo, com o enredo Chico-Rei (58 pontos), Mangueira em terceiro (49 pontos) e o enredo Histórias de um Preto-Velho e Império Serrano em quarto com Aquarela Brasileira (47 pontos).

A campeã veio com “uma inovação (…): uma ala composta por músicos da Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal tocando violino. Como se não bastasse, Nelson [de Andrade] criou outro caso, trouxe um bolo monumental que foi sendo distribuído ao público à medida que a escola ia desfilando”.

 

  1964  /  Linha do Tempo  /  Última atualização fevereiro 10, 2014 por Mariana Newlands  /  Tags: